(O Globo) O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira que a CPI da Petrobras instalada na Câmara tem sua investigação restrita aos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, ou seja, entre os anos de 2005 e 2015, como está previsto no requerimento apresentado. O PT tenta coletar assinatura para ampliar o escopo da investigação e pegar anos do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Cunha enfatizou que estava dando sua opinião como regimentalista e que, se tiver que analisar pedido neste sentido, seguirá o regimento.
— A ementa que lá está tem que ser cumprida, seja do ponto de vista do escopo da investigação, do prazo, de tudo. É clara para mim a interpretação regimental: se quiserem fazer uma CPI diferente do que está lá, tem que fazer outro requerimento de CPI. Essa é minha opinião como regimentalista. Agora, cada um tem o direito de fazer o que quiser e eu vou decidir com base no regimento — disse Eduardo Cunha.
O presidente da Câmara afirmou que é regimentalista, que decidiu a criação da CPI da Petrobras seguindo o regimento e que é a favor de que o regimento seja cumprido. A bancada do PT coleta assinaturas para tentar fazer um adendo à CPI e investigar também se houve pagamento de propinas durante o governo Fernando Henrique Cardozo. O próprio relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que seria importante que isso fosse feito.
O PT toma por base o depoimento de delação premiada do ex-gerente Pedro Barusco à Polícia Federal. Segundo o depoimento, Barusco disse que começou a receber propina da empresa holandesa SBM OffShore entre 1997 e 1998.
A ementa da CPI diz o seguinte : "Requeremos a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito, com a finalidade de investigar a prática de atos ilícitos e irregulares no âmbito da empresa Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), entre os anos de 2005 e 2015, relacionados a superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; à constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos; ao superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; a irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África."
03 de março de 2015
in coroneLeaks
03 de março de 2015
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