"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

PSDB E PT TÊM MAIORES ÍNDICES DE HOMICÍDIOS DA HISTÓRIA

 
Em 2012 chegamos à maior taxa de homicídios de toda nossa história (devidamente contabilizada): 29 assassinatos para cada 100 mil pessoas (veja Mapa da Violência, em O Globo 27/5/14, p. 4).
 
Em 1980 a taxa era de 11,7 para cada 100 mil. O Governo de Fernando Henrique entregou (em 2002) o índice de 28,5; o governo do PT começou com 28,9 (2003) e, agora, bateu o recorde de 29 homicídios para cada 100 mil (2012).
 
A peste da violência persegue todos os governos brasileiros. Aliás, nos persegue desde a descoberta, em 1500. No campo da prevenção da violência o Brasil é um desastre.
Nenhum governo (de esquerda ou de direita, conservador ou liberal) jamais conseguiu domar o bacilo dessa peste. Ao contrário, todos se caracterizam por serem (também) gestores de mortes (assim como executores de grande parte delas).
Das 50 cidades mais violentas do planeta, o Brasil conta com 16. Campeão do mundo nesse item e isso representa um aparente paradoxo quando olhamos outros índices nacionais, que melhoraram.
 
Nunca nossa renda per capita foi tão alta: superior a US$ 12 mil em 2013 (veja Valor Econômico de 23, 24 e 25/5/14, Suplemento, p. 5). De qualquer modo, estamos muito longe da elite paradisíaca mundial, cuja renda per capita gira em torno de US$ 50 mil.
 
O Brasil ainda ocupa a vergonhosa posição 79 em termos de renda per capita (segundo o Fundo Monetário Internacional). De qualquer modo, não há dúvida que nos distanciamos muito da média dos países africanos, dos quais nos aproximávamos até 1980.
Nas últimas décadas foi impressionante o aumento de alunos nas escolas (hoje mais de 7 milhões estão frequentando cursos superiores; o dobro de dez anos atrás).
 
A taxa de analfabetismo completo diminuiu para 9% da população com mais de 15 anos de idade (já não estamos na casa dos dois dígitos), mas ainda somos o 8º país do mundo com mais analfabetos. Quando consideramos os analfabetos funcionais (quem sabe ler e escrever rudimentarmente, mas não consegue entender o conteúdo de um texto ou fazer operações matemáticas básicas), a tragédia é muito grande: ¾ da população brasileira são analfabetos funcionais (segundo o Inaf). Melhorou nossa escolaridade; aumentou nossa renda per capita, mas continuamos muito primitivos e violentos.
 
A estabilização econômica de 1994 (governo PSDB) e a política social do governo PT melhoraram o país em muitos itens, menos no que diz respeito à peste da violência.
É que a violência está intimamente ligada à intensa igualdade material da população.
Dentre os melhores países do mundo temos: PIB per capita de USD 50.084, Gini de 0,301 (pouca desigualdade e, ao mesmo tempo, pouca concentração da riqueza nas mãos de pouquíssimas pessoas), 1,1 homicídios por 100 mil habitantes, 5,8 mortos no trânsito por 100 mil pessoas, 18.552 presos (na média) e 98 encarcerados para cada 100 mil pessoas. A exceção nesse grupo fica por conta dos EUA: 5 assassinatos para cada 100 mil pessoas.
 
O Brasil aparece na tabela abaixo com 27 mortes para cada 100 mil pessoas. Em 2012, a taxa pulou para 29.
Todo país que planta errado colhe frutos amargos. É o nosso caso. Enquanto não promovermos mais igualdade material em grande volume, o sangue continuará correndo pelas ruas e calçadas do país. Vejamos:
 
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30 de maio de 2014
Luiz Flávio Gomes
in visão panorâmica

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