EM BILHÕES DE REAIS
Com defasagem nos preços dos combustíveis e produção declinante, a Petrobrás deve anunciar que amargou no quarto trimestre de 2013 um lucro 35% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. A média das projeções feitas por cinco instituições financeiras (Citi, Deutsche Bank, HSBC, Itaú BBA e Morgan Stanley) aponta para um lucro de R$ 5,03 bilhões.
Caso a estimativa se confirme - o número será divulgado nesta terça-feira -, o lucro ao longo de todo o ano passado será de R$ 22,3 bilhões - cifra 5,4% maior do que a apurada em 2012.
A expectativa é que o prejuízo da área de Abastecimento tenha mais uma vez anulado parte dos ganhos obtidos no segmento de Exploração e Produção. Pesará contra a estatal, além do prejuízo com Abastecimento, o efeito do câmbio na linha financeira.
Cálculos da RC Consultores revelam que a defasagem dos preços da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobrás nas refinarias em relação ao mercado internacional fechou fevereiro em 17% e 16,1%, respectivamente. De acordo com o estudo, mesmo após reajuste concedido aos combustíveis, a desvalorização de 5% do real frente ao dólar manteve elevada diferença entre os preços externo e interno de realização.
No caso da gasolina, a diferença estimada entre o preço de realização externo e interno do combustível alcança na média de fevereiro R$ 0,29 por litro. A RC leva em consideração um câmbio médio de R$ 2,40. Já no diesel, a diferença ficou em R$ 0,30 por litro no mês, uma redução em relação aos R$ 0,43 registrados em agosto de 2013.
A desvalorização também comprometeu o resultado financeiro, que deverá ser negativo, pressionado pelas dívidas em moeda estrangeira. Analistas lembram que o impacto cambial bilionário poderia ser ainda maior não fosse a decisão da estatal de adotar a contabilidade de hedge, uma operação contábil que reduz o efeito da variação cambial sobre o total das dívidas. A prática permite que cerca de 70% da perda cambial seja contabilizada no patrimônio líquido, e não mais na linha financeira.
A expectativa é que o balanço do quarto trimestre também mostre maior volume de investimentos, além do desembolso de R$ 6 bilhões referente à participação da estatal no pagamento do bônus de assinatura do processo de licitação da área de Libra.
(Colaborou Sabrina Valle)
25 de fevereiro de 2014
André Magnabosco - Agência Estado
Com defasagem nos preços dos combustíveis e produção declinante, a Petrobrás deve anunciar que amargou no quarto trimestre de 2013 um lucro 35% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. A média das projeções feitas por cinco instituições financeiras (Citi, Deutsche Bank, HSBC, Itaú BBA e Morgan Stanley) aponta para um lucro de R$ 5,03 bilhões.
Caso a estimativa se confirme - o número será divulgado nesta terça-feira -, o lucro ao longo de todo o ano passado será de R$ 22,3 bilhões - cifra 5,4% maior do que a apurada em 2012.
A expectativa é que o prejuízo da área de Abastecimento tenha mais uma vez anulado parte dos ganhos obtidos no segmento de Exploração e Produção. Pesará contra a estatal, além do prejuízo com Abastecimento, o efeito do câmbio na linha financeira.
Cálculos da RC Consultores revelam que a defasagem dos preços da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobrás nas refinarias em relação ao mercado internacional fechou fevereiro em 17% e 16,1%, respectivamente. De acordo com o estudo, mesmo após reajuste concedido aos combustíveis, a desvalorização de 5% do real frente ao dólar manteve elevada diferença entre os preços externo e interno de realização.
No caso da gasolina, a diferença estimada entre o preço de realização externo e interno do combustível alcança na média de fevereiro R$ 0,29 por litro. A RC leva em consideração um câmbio médio de R$ 2,40. Já no diesel, a diferença ficou em R$ 0,30 por litro no mês, uma redução em relação aos R$ 0,43 registrados em agosto de 2013.
A desvalorização também comprometeu o resultado financeiro, que deverá ser negativo, pressionado pelas dívidas em moeda estrangeira. Analistas lembram que o impacto cambial bilionário poderia ser ainda maior não fosse a decisão da estatal de adotar a contabilidade de hedge, uma operação contábil que reduz o efeito da variação cambial sobre o total das dívidas. A prática permite que cerca de 70% da perda cambial seja contabilizada no patrimônio líquido, e não mais na linha financeira.
A expectativa é que o balanço do quarto trimestre também mostre maior volume de investimentos, além do desembolso de R$ 6 bilhões referente à participação da estatal no pagamento do bônus de assinatura do processo de licitação da área de Libra.
(Colaborou Sabrina Valle)
25 de fevereiro de 2014
André Magnabosco - Agência Estado
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