Só Dilma não sabia.
Para impedir que a crise se alastrasse do campo da diplomacia para o da Defesa, a presidente Dilma Rousseff comandou uma operação de blindagem do ministro Celso Amorim.
Os escalões superiores das Forças Armadas sabiam informalmente da fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que teve escolta de militares, e Dilma ordenou que Amorim explicasse o ocorrido.
Amorim preferiu fazer a declaração por meio de nota. Ele justificou que, no dia da viagem de Pinto Molina, os três adidos militares da embaixada em La Paz estavam fora da capital, em Cochabamba.
"Em momento algum, eles foram informados da ação de deslocamento do senador boliviano para o Brasil", disse Amorim.
Apesar da negativa oficial, informações sobre a transferência do senador foram repassadas à cadeia de comando, segundo disseram ao Estado fontes graduadas das três Forças.
Os comandantes evitam fazer comentários sobre o caso ou negam que tenham sido informados porque os avisos dos adidos vieram por canais informais.
A cúpula militar prefere não se envolver no episódio por não se tratar de um tipo de operação militar.
(Do Estadão)
28 de agosto de 2013
in coroneLeaks
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