"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

PIETRO UBALDI, O ESPÍRITO E A MATÉRIA

De vez em quando, aparece alguém, com um ar de outro mundo, que desce à Terra para acelerar o desenvolvimento humano. Quanto mais adiantados forem seus ensinamentos e ideias, maior será a possibilidade de ser incompreendido, contestado e perseguido.
Não se quebram paradigmas impunemente. Três pregos e duas tábuas no alto da colina podem esperar o precursor de ideais.

Leonardo não era compreendido quando desenhava helicópteros; Galileu mal escapou da fogueira por ensinar que a Terra roda em volta do Sol; só depois da morte, Van Gogh foi reconhecido como um gênio da pintura; passaram-se dois séculos da descoberta da luneta antes que ela fosse adotada pelos cientistas; o cristianismo penou 300 anos para ser aceito em Roma, e os cristãos gastaram o mesmo período para se desculpar pelas barbaridades contra índios e negros em terras brasileiras.
 
Os melhores ideais chegam, levantam polêmicas, atraem raros discípulos e demoram séculos para ser comumente aceitos. A verdade custa a triunfar. Se os últimos serão os primeiros e se a humanidade é sempre a mesma, significa que neste momento os precursores continuam incompreendidos pelas multidões, como no passado.

PARA DAR FRUTOS

Ainda não chegou a vez de Helena P. Blavastky, de Charles Leatbeader, de Rudolf Steiner saírem das catacumbas modernas. Das mesmas catacumbas onde o pensamento do italiano Pietro Ubaldi é guardado para dar frutos às próximas gerações. Esse pensador terminou sua existência aqui, no Brasil, deixando uma obra monumental e fiéis discípulos.

A principal obra de Ubaldi, “A Grande Síntese”, revela os dogmas cristãos, da luz à escuridão que cerca o ser humano, mostra de onde veio e para onde vai. Comprova os laços que ligam o espírito à matéria e mostra como todas as coisas e todos os fenômenos são facetas de uma única e indivisível realidade.

Assusta ao sustentar que a dor é uma passagem obrigatória para a evolução, mas quem consegue passar o umbral dos primeiros e densos conceitos do pensador italiano avança por uma interminável caminhada, na qual a compreensão e o despertar de um estado vívido de consciência conseguem dar outro sentido à vida. Um estado de consciência que será comum na humanidade num futuro ainda distante.

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