"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

QUE RISCO DE VIDA, DILMA ROUSSEFF? EVO MORALES É UM ASSASSINO?



Como assim, Dilma Rousseff? Quer dizer que a reclusão de um senador, sem direito a sol e a caminhadas, é pior do que o DOI-CODI? Por que se doer com esta comparação? Ficou com remorso por ter sido cúmplice de tanta maldade? Que concurso de sofrimento é esse, presidente?
 
"Um governo age para proteger a vida. Nós não estamos em situação de exceção, não há nenhuma similaridade. Eu estive no DOI-Codi, eu sei o que é o DOI-Codi. É tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno. Literalmente isso."
 
Como é que é? A presidente da República, Dilma Rousseff, está chamando Evo Morales de assassino? Quer dizer que o senador que foi libertado pelo embaixador brasileiro na Bolívia, depois de mais de 400 dias encarcerado numa verdadeira solitária, seria assassinado de fosse preso? Corria risco de vida? Seria justiçado? Seria fuzilado? Ou seria apenas preso pelo governo boliviano? Se seria assassinado como a presidente sugere, fez bem o nosso embaixador em libertá-lo.
 
"Nós negociamos em vários momentos o salvo-conduto, não conseguimos. Lamento profundamente que o asilado brasileiro tenha sido submetido à insegurança que ele foi. Um Estado democrático civilizado, primeira coisa que faz é proteger a vida, sem qualquer outra consideração. Protegemos a vida, a segurança e garantimos conforto ao asilado", afirma Dilma.

Ora, Presidente, deixe de tapar o sol com a peneira. A senhora estava em acordo com o presidente daquele paiseco para vencer a resistência do senador preso. No cansaço. Na depressão. Na falta de perspectiva. Confinando-o a uma cela pior do que a sua no DOI-CODI.  Ao arrepio da nossa Constituição. Agora que o sentimento humano de um embaixador do nosso país e de dois fuzileiros navais romperam com este acordo de tortura e violação dos direitos humanos, a senhora vem com esta conversa?
 
Se Evo Morales assassinaria o senador que o Brasil, a nossa bandeira, a nossa democracia libertou, por favor: rompa as relações diplomáticas com a Bolívia. Não podemos ter acordos e amizade com países que tiram a vida de adversários políticos. Presidente Dilma,  pare de tentar justificar este tremendo absurdo com falsas ilações. Respeite a inteligência e humanidade dos brasileiros.

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