"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

MESMO "CHATEADA", CRISTIANE BRASIL DIZ NÃO TER PRESSA EM ASSUMIR CARGO DE MINISTRA


Deputada diz estar “confiante” que tomará posse
Com a posse suspensa pela Justiça, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) afirmou nesta quinta-feira, dia 25, que está “chateada” com o imbróglio jurídico em torno de sua nomeação, mas que lutará até o fim para assumir o cargo de ministra do Trabalho do governo Michel Temer. A parlamentar fluminense disse estar “confiante” de que conseguirá tomar posse no cargo. 
“Estou confiante no meu direito de assumir qualquer indicação. Vou lutar até o fim pelos meus direitos políticos e de cidadã. Serei leal ao governo que ajudei a construir até o fim”, afirmou Cristiane. Ela disse que não desistirá do cargo e que não tem “pressa” para assumir o posto. “Não tenho pressa. Continuo deputada e tenho um mandato para cuidar”, declarou a parlamentar.
DECLARAÇÃO – Cristiane evitou comentar declaração de seu pai, o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que disse nesta quarta-feira, dia 24, que a filha já não queria mais assumir a pasta. “Pai é pai. Ele está correto quando diz que estou chateada com essa confusão em torno da minha posse. Mas estou confiante no governo, na defesa da Advocacia-Geral da União (AGU), nos meus advogados e nos meus direitos políticos e de cidadã”, disse.
A deputada rechaçou tese de que o imbróglio jurídico em torno da nomeação para o Ministério do Trabalho possa trazer prejuízos político-eleitorais para ela. “Não creio nisso. Tenho recebido muito mais manifestações de apoio. Nunca me deparei com rejeição que não fosse ideológica de quem nunca votaria em mim. Muito pelo contrário. As pessoas me reconhecem e me param para declarar apoio”, disse.
O IMBRÓGLIO – Filha de Roberto Jefferson, que foi o autor da denúncia do mensalão do PT em 2005, Cristiane foi anunciada como ministra do Trabalho em 3 de janeiro. Sua nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia seguinte. Em 8 de janeiro, contudo, a posse dela foi suspensa por decisão liminar (provisória) emitida pelo juiz federal Leonardo da Costa Couceiro, da 4.ª Vara Federal de Niterói.
O magistrado atendeu a pedido do mesmo grupo de advogados trabalhistas, que entrou com ação popular pedindo a suspensão da posse de Cristiane. Os advogados argumentam que a deputada não pode assumir o cargo, pois foi condenada em processos trabalhistas de ex-funcionários contra ela. Na decisão, o juiz fluminense argumentou que a nomeação desrespeita a moralidade administrativa.
RECURSO – A AGU e a defesa de Cristiane recorreram da liminar ao Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), no Rio. Após ter todos os recursos negados pelos desembargadores do TRF-2, a AGU recorreu na última quinta-feira, dia 18, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que liberou a posse. Na madrugada desta segunda-feira, dia 22, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu temporariamente a posse.
A decisão foi da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que está respondendo pelo Tribunal durante o recesso do Judiciário. A ministra atendeu pedido de grupo de advogados trabalhistas, que recorreu ao Supremo questionando a legitimidade do vice-presidente do STJ, ministro Humberto Martins, que no último sábado, dia 20, deu decisão autorizando a posse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Cristiane mentiu para o presidente Temer, ao dizer que ficaria no cargo até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2018. Na verdade, ela sairá do Ministério no dia 6 de abril, para disputar nova eleição de deputada. Temer acreditou nela. (C.N.)

26 de janeiro de 2018
Igor Gadelha
Estadão

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