O embaixador da Espanha em Caracas, Jesús Silva Fernández, foi declarado persona non grata pelo governo da Venezuela, que decidiu expulsá-lo do país.
A medida foi justificada pelo regime de Nicolás Maduro como fruto de “contínuas agressões e repetidos atos de ingerência nos assuntos internos do nosso país, por parte do governo espanhol”, conforme comunicado oficial.
O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, havia chamado o embaixador para consultas, na quarta-feira (24).
O novo pacote de sanções da União Europeia foi recebido em Caracas como uma medida que teve participação ativa do governo espanhol de Mariano Rajoy e “aplicada de maneira errática e unilateral”.
JESÚS SILVA FOI DECLARADO PERSONA NON GRATA (FOTO: GOBIERNO DE ESPAÑA) |
O comunicado do governo venezuelano acusa o chefe de governo espanhol de ter visitado Washington, em setembro de 2017, com o suposto objetivo de “receber instruções infames” do presidente americano Donald Trump e “assumir a liderança da conspiração na Europa, com o fito de concertar ataques à soberania e independência do povo venezuelano com os parceiros europeus, a troco de inconfessáveis benefícios políticos e económicos para proveito particular de uma parte cúpula que governa Espanha”.
A Assembleia constituinte implantada pelo governo de Nicolás Maduro não tem legitimidade reconhecida pela União Europeia.
As sanções aprovadas em novembro incluíam um embargo à venda de armas e à proibição de viagens e congelamento de bens de figuras do regime venezuelano. (Com informações do Diário de Notícias)
26 de janeiro de 2018
diário do poder
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