Não quero me ocupar do apenado Luiz Inácio da Silva. Dele a Justiça já cuidou e acerca de seu futuro, sem horizonte e desonrado, que se manifestem os órgãos competentes do Judiciário. Minha reflexão será quanto aos que merecem atenção e preocupação, quais sejam os cidadãos vitimados por ele e por toda sua quadrilha de bandoleiros que tomaram este País de assalto nas últimas décadas.
Enfim um alento, ainda que tardio. O Brasil foi dormir aliviado. Deitou-se mais em paz. Na noite de quarta feira do dia 24 de janeiro último tenho certeza que cada homem e mulher do bem esboçaram um leve sorriso de satisfação e orgulho quando encostou a cabeça no travesseiro e lembrou-se da condenação exemplar de um dos maiores vilões da história desta Nação, isto é, do governante mais corrupto do mundo na visão da comunidade internacional e também do que isso representa.
Como ia dizendo, não é o que aconteceu com o Ogro o que realmente mais importa. Agora não se falará em outra coisa durante alguns dias, mas como ocorreu em vezes anteriores, nas quais o Brasil esteve diante de enormes desafios contra suas instituições, contra suas leis e a boa ordem ou quando se pôs em risco sua própria sobrevivência como Nação livre e soberana (lembrar os casos com Cuba, Venezuela e o do gás da Bolívia), daqui a pouco tudo será esquecido até que nova desgraça volte a vitimar milhões e milhões de nossos irmãos brasileiros.
É incrível, parece que não aprendemos nunca. E olha que estamos padecendo nas mãos dessa gente horrível e desclassificada que nos governa e que se homiziou nos três poderes da República, sendo violentados, roubados, explorados despudoramente e mortos por eles nas filas do SUS e pela mão da bandidagem, pelo menos há mais de trinta anos, desde quando o poder foi entregue a essa classe política desprezível.
É verdade. Tudo isso que aí está e ainda insiste em permanecer tornou-se publico e alardeado sem reserva ou censura, não por conta da imprensa vendida e conivente ou pela ação eficiente de nossas intuições de fiscalização e controle, mas por causa da fantástica rede mundial dos computadores com suas mídias sociais. Foi desta maneira que o Brasil tomou consciência do elevado grau de incompetência, de desmando, de corrupção e de desvio da coisa pública. Não nos esqueçamos, tudo começou com o escândalo que ficou conhecido como o Mensalão do PT. Já faz tempo. Lembram-se?
Se a sociedade tivesse intervindo naquela ocasião e destruído com desforço próprio todas as quadrilhas que se formaram no executivo, no legislativo e no judiciário não teríamos chegado ao descalabro atual. Não teria sido algo de muito extraordinário e outros povos assim procederam, como conta a história contemporânea.
No Brasil, a rigor, nada de impossível e de intransponível barrou qualquer iniciativa dos bons contra essa gente do mal. Sem dúvida que a esquerda delinquente manobrou e promoveu umas minorias calhordas, mas atuantes e estridentes, objetivando criar o clima e a aura em que se desenvolveram os planos que nos levaram às atuais falências institucional, moral, econômica e social, porém nada conseguiriam se a sociedade tivesse reagido à altura. Vale relembrar aqui o velho ensinamento, para lá de repetido: “o mundo não é um lugar ruim por conta dos maus, mas em virtude da omissão dos bons”.
Tenhamos coragem de admitir. Quem foram (ou o que qualidade têm) aqueles que levaram o País ao caos e à desonra perante a comunidade das nações? É uma minoria, são muito poucos, a bem dizer – numericamente - não alcançam nem meio por cento da população. Que força é essa que eles têm para nos colocar de joelhos diante de seus crimes? Quaisquer deles ou a trupe que os cerca, ou sejam, os profissionais da política nos partidos, nos sindicatos, nos governos, nos movimentos sociais de base, e umas tristes figuras que aparecem sempre nas costas do “condenado”, são todos ordinários esquerdopatas, rastaqueras, impatriotas, chupins do erário, que somente iludiram a quem achou graça neles e não se importaram com nada ou covardemente pensaram que nunca seriam atingidos diretamente. Caso os tivéssemos enfrentado, desde primeira hora como fizemos em 1964, já os teríamos destruído todos completamente.
A mão do destino ou, a meu sentir, a providência divina nesta Terra de Santa Cruz, se revelou na figura de um grupo de brasileiros de enorme valor. Ainda que a Pátria os reverencie por séculos, não conseguirá agradecer suficientemente quem investigou, acusou, processou e julgou toda essa corja imunda e fez a sua parte.
Corre pelo território livre da rede mundial dos computadores um vídeo que mostra um pequenino trecho de uma palestra do eminente Juiz Sérgio Moro, no qual diz, com outras palavras, que em toda sua vida de magistrado que inclui a grandiosa “Operação Lava Jato”, nada mais fez do que aplicar a lei e o direito ao caso concreto porque a ele é só isto que cabe, mas que a sociedade pode muito mais, muitas vezes mais, começando por dar sequência cívica a todo seu esforço. Moro e essa fantástica geração de novos operadores do direito fizeram e estão fazendo a parte deles.
O que faremos então? Para os que estão em dúvida digo que a lição é antiga e está nas Escrituras: “capitular jamais!”. Pedro que fugia de uma crucificação em Roma ao encontrar Jesus lhe perguntou: “Para onde vais”? Aonde vais? “Quo vadis”? Este lhe teria respondido: “Vou a Roma para ser crucificado de novo” (Atos de Pedro-Evangelho Apócrifo). Pedro compreendeu e retornou a Roma para permanecer na luta dos primeiros cristãos. E nós o que pretendemos? Para onde queremos ir agora que nos foi dada a chance de redescobrir o Brasil que todos sonhamos e, de uma vez por todas, de nos livrarmos em definitivo daqueles patifes. Para onde vamos?
26 de janeiro de 2018
Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado.
Enfim um alento, ainda que tardio. O Brasil foi dormir aliviado. Deitou-se mais em paz. Na noite de quarta feira do dia 24 de janeiro último tenho certeza que cada homem e mulher do bem esboçaram um leve sorriso de satisfação e orgulho quando encostou a cabeça no travesseiro e lembrou-se da condenação exemplar de um dos maiores vilões da história desta Nação, isto é, do governante mais corrupto do mundo na visão da comunidade internacional e também do que isso representa.
Como ia dizendo, não é o que aconteceu com o Ogro o que realmente mais importa. Agora não se falará em outra coisa durante alguns dias, mas como ocorreu em vezes anteriores, nas quais o Brasil esteve diante de enormes desafios contra suas instituições, contra suas leis e a boa ordem ou quando se pôs em risco sua própria sobrevivência como Nação livre e soberana (lembrar os casos com Cuba, Venezuela e o do gás da Bolívia), daqui a pouco tudo será esquecido até que nova desgraça volte a vitimar milhões e milhões de nossos irmãos brasileiros.
É incrível, parece que não aprendemos nunca. E olha que estamos padecendo nas mãos dessa gente horrível e desclassificada que nos governa e que se homiziou nos três poderes da República, sendo violentados, roubados, explorados despudoramente e mortos por eles nas filas do SUS e pela mão da bandidagem, pelo menos há mais de trinta anos, desde quando o poder foi entregue a essa classe política desprezível.
É verdade. Tudo isso que aí está e ainda insiste em permanecer tornou-se publico e alardeado sem reserva ou censura, não por conta da imprensa vendida e conivente ou pela ação eficiente de nossas intuições de fiscalização e controle, mas por causa da fantástica rede mundial dos computadores com suas mídias sociais. Foi desta maneira que o Brasil tomou consciência do elevado grau de incompetência, de desmando, de corrupção e de desvio da coisa pública. Não nos esqueçamos, tudo começou com o escândalo que ficou conhecido como o Mensalão do PT. Já faz tempo. Lembram-se?
Se a sociedade tivesse intervindo naquela ocasião e destruído com desforço próprio todas as quadrilhas que se formaram no executivo, no legislativo e no judiciário não teríamos chegado ao descalabro atual. Não teria sido algo de muito extraordinário e outros povos assim procederam, como conta a história contemporânea.
No Brasil, a rigor, nada de impossível e de intransponível barrou qualquer iniciativa dos bons contra essa gente do mal. Sem dúvida que a esquerda delinquente manobrou e promoveu umas minorias calhordas, mas atuantes e estridentes, objetivando criar o clima e a aura em que se desenvolveram os planos que nos levaram às atuais falências institucional, moral, econômica e social, porém nada conseguiriam se a sociedade tivesse reagido à altura. Vale relembrar aqui o velho ensinamento, para lá de repetido: “o mundo não é um lugar ruim por conta dos maus, mas em virtude da omissão dos bons”.
Tenhamos coragem de admitir. Quem foram (ou o que qualidade têm) aqueles que levaram o País ao caos e à desonra perante a comunidade das nações? É uma minoria, são muito poucos, a bem dizer – numericamente - não alcançam nem meio por cento da população. Que força é essa que eles têm para nos colocar de joelhos diante de seus crimes? Quaisquer deles ou a trupe que os cerca, ou sejam, os profissionais da política nos partidos, nos sindicatos, nos governos, nos movimentos sociais de base, e umas tristes figuras que aparecem sempre nas costas do “condenado”, são todos ordinários esquerdopatas, rastaqueras, impatriotas, chupins do erário, que somente iludiram a quem achou graça neles e não se importaram com nada ou covardemente pensaram que nunca seriam atingidos diretamente. Caso os tivéssemos enfrentado, desde primeira hora como fizemos em 1964, já os teríamos destruído todos completamente.
A mão do destino ou, a meu sentir, a providência divina nesta Terra de Santa Cruz, se revelou na figura de um grupo de brasileiros de enorme valor. Ainda que a Pátria os reverencie por séculos, não conseguirá agradecer suficientemente quem investigou, acusou, processou e julgou toda essa corja imunda e fez a sua parte.
Corre pelo território livre da rede mundial dos computadores um vídeo que mostra um pequenino trecho de uma palestra do eminente Juiz Sérgio Moro, no qual diz, com outras palavras, que em toda sua vida de magistrado que inclui a grandiosa “Operação Lava Jato”, nada mais fez do que aplicar a lei e o direito ao caso concreto porque a ele é só isto que cabe, mas que a sociedade pode muito mais, muitas vezes mais, começando por dar sequência cívica a todo seu esforço. Moro e essa fantástica geração de novos operadores do direito fizeram e estão fazendo a parte deles.
O que faremos então? Para os que estão em dúvida digo que a lição é antiga e está nas Escrituras: “capitular jamais!”. Pedro que fugia de uma crucificação em Roma ao encontrar Jesus lhe perguntou: “Para onde vais”? Aonde vais? “Quo vadis”? Este lhe teria respondido: “Vou a Roma para ser crucificado de novo” (Atos de Pedro-Evangelho Apócrifo). Pedro compreendeu e retornou a Roma para permanecer na luta dos primeiros cristãos. E nós o que pretendemos? Para onde queremos ir agora que nos foi dada a chance de redescobrir o Brasil que todos sonhamos e, de uma vez por todas, de nos livrarmos em definitivo daqueles patifes. Para onde vamos?
26 de janeiro de 2018
Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário