Reeleição de Maia depende diretamente de Cármen Lúcia
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal,deu um prazo de dez dias para que Rodrigo Maia,presidente da Câmara dos Deputados, se manifeste sobre a ação do deputado André Figueiredo (PDT-CE), impetrada para que a Corte impeça que ele dispute sua reeleição ao cargo.
Na sexta-feira 13, André Figueiredo , que também é candidato à presidência da Câmara, encaminhou esta representação ao STF,pedindo a impugnação da candidatura de Maia. De plantão no tribunal durante o recesso do Judiciário, a ministra então pediu urgência no ofício encaminhado a Maia no mesmo dia 13, mas não informou no despacho se tomará alguma decisão no processo que chegou ao Supremo durante o período de recesso, ou se encaminhará as justificativas do deputado ao ministro Celso de Mello, relator do processo, para que decida ao final do recesso.
NA PAUTA? – No plantão, a ministra Cármen Lúcia tem a prerrogativa de decidir pautar a discussão para a primeira sessão do Pleno da Corte, após o recesso, no dia 1º de fevereiro, véspera da eleição na Câmara.
Franco favorito para à presidência da Câmara, Rodrigo Maia recebeu a notificação. Ele sabia que seus adversários haviam entrado com o recurso, mas não esperava que o julgamento acontecesse antes da eleição, para criar um fato consumado..
Como eu disse ontem aqui na Tribuna, prefiro sempre “aguardar quietinho o resultado final da votação,pois de cabeça de juiz, urna de eleição e barriga de mulher, nunca se pode ter certeza absoluta do resultado”.
18 de janeiro de 2017
José Carlos Werneck
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