Circular nas ruas do Rio de Janeiro com o carro importado do empresário Eike Batista foi só o início da série de polêmicas envolvendo o juiz Flávio Roberto de Souza. Nesta segunda-feira (9/3), o Tribunal Regional de Justiça (TRF) confirmou, por meio de nota, que o juiz responde a um procedimento criminal por irregularidades encontradas em casos conduzidos por ele.
Ainda de acordo com a Justiça Federal, da quantia apreendida com o empresário, ao menos R$ 30 mil desapareceram: R$ 27 mil, além de US$ 443 e de mil euros. Segundo o TRF, “tais valores nunca poderiam ficar nas dependências do Judiciário”.
Como o processo corre em segredo de Justiça, não é possível obter informações sobre o teor da ação. Diante das denúncias, Flávio Roberto foi afastado do cargo na 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
RELEMBRE O CASO
O magistrado teria levado o Porsche e outro veículo apreendido do ex-bilionário para a garagem de casa, no condomínio Parque das Rosas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, sob a justificativa de que não havia vagas disponíveis na garagem do tribunal nem no depósito da Polícia Federal. Ele também teria argumentado que a garagem própria tem sistema de monitoramento em vídeo e é coberta, o que ajudaria a conservar os carros.
O juiz enviou ofício ao Detran do Rio de Janeiro solicitando que a propriedade dos veículos fosse transferida provisoriamente para o tribunal, até a realização de leilão. De acordo com o juiz, não há irregularidade no caso. Ele confirma que estava com o Porsche, mas sustentou que não usava o veículo, apenas o guardava — uma situação normal, para ele.
10 de março de 2015
Mirelle Pinheiro
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