O que resta, hoje, é o retrato da Dilma real: uma presidente sem liderança, sempre em busca e à mercê de seu patrono, o ex-presidente Lula
A fechar o terceiro ano deste governo petista, restaram apenas marcas de uma gastança sem limites com seus 39 ministérios e 13 empresas criadas para acomodar companheiros, de um relaxamento com a corrupção presente ao redor da “comandante”, do afrouxamento no controle da inflação, da queda de competitividade do Brasil perante o mercado mundial.
O Brasil pós-Dilma paga o preço do descrédito geral nas promessas e acordos feitos, da deseducação, que nos coloca entre os países mais atrasados do mundo, da falta de infraestrutura, da ausência de uma política nacional de segurança pública, dos serviços públicos precários e ineficientes, apesar de os brasileiros estarem pagando impostos como nunca.
Esses três anos de administração caótica foram suficientes para que caísse por terra, definitivamente, a imagem marqueteira que nos foi vendida na eleição passada, da gestora competente, a mãe do PAC, rigorosa no combate aos corruptos, capacitada para solucionar os mais complexos problemas do país. Era tudo um engodo. Um personagem de ficção.
O que resta, hoje, é o retrato da Dilma real: uma presidente sem liderança, sempre em busca e à mercê de seu patrono, o ex-presidente Lula, e a balbuciar diante das câmaras os textos do seu guru-marqueteiro. Tão intolerante a ponto de praticamente agredir os que a cobram pelas promessas não cumpridas ou que têm opiniões diferentes das delas. Dia desses, chamou a oposição de cara de pau. Falta-lhe equilíbrio.
Uma presidente que posou de faxineira, mas que terminou por guardar o próprio lixo sob os tapetes do Planalto, por conveniências e ambições de poder. Uma presidente incapaz de fazer com que a sua mastodôntica máquina administrativa, montada a conluios, mexa-se e faça acontecer. O exemplo maior são as obras do tal PAC, que empacou, transformando o país num cemitério de obras.
Por fim, ela se mostra uma pessoa de penoso diálogo com o Congresso Nacional, com o Judiciário e também com os empresários, parceiros nos caminhos históricos que levam ao desenvolvimento da nação.
Hoje, sabemos bem, temos uma presidente-candidata, sem projetos para o país, mas com a ideia fixa na reeleição, olhos e pés no palanque. “Podemos fazer o diabo na hora da eleição”, confessou a presidente.
É bom lembrar: Dilma é uma criatura forjada à semelhança de seu criador, o sempre presente Lula. Ao lançá-la candidata, Lula sabia exatamente que Dilma era incapaz de liderar as transformações que o país necessita. Mesmo assim, se aproveitou da confiança dos brasileiros.
Não, Dilma não é a líder que o Brasil precisa para entrar de verdade num novo tempo. Perdeu a credibilidade, mostrou que não possui estatura para gerir a construção de um país moderno. Há uma certeza: o país quer mudar. E isso já foi detectado até pelas pesquisas — segundo o Datafolha, 66% das pessoas querem mudança. E terão mudanças. Não vai adiantar mais a velha estratégia de oferecer ao país uma personagem de ficção, construída pela propaganda.
A fechar o terceiro ano deste governo petista, restaram apenas marcas de uma gastança sem limites com seus 39 ministérios e 13 empresas criadas para acomodar companheiros, de um relaxamento com a corrupção presente ao redor da “comandante”, do afrouxamento no controle da inflação, da queda de competitividade do Brasil perante o mercado mundial.
O Brasil pós-Dilma paga o preço do descrédito geral nas promessas e acordos feitos, da deseducação, que nos coloca entre os países mais atrasados do mundo, da falta de infraestrutura, da ausência de uma política nacional de segurança pública, dos serviços públicos precários e ineficientes, apesar de os brasileiros estarem pagando impostos como nunca.
Esses três anos de administração caótica foram suficientes para que caísse por terra, definitivamente, a imagem marqueteira que nos foi vendida na eleição passada, da gestora competente, a mãe do PAC, rigorosa no combate aos corruptos, capacitada para solucionar os mais complexos problemas do país. Era tudo um engodo. Um personagem de ficção.
O que resta, hoje, é o retrato da Dilma real: uma presidente sem liderança, sempre em busca e à mercê de seu patrono, o ex-presidente Lula, e a balbuciar diante das câmaras os textos do seu guru-marqueteiro. Tão intolerante a ponto de praticamente agredir os que a cobram pelas promessas não cumpridas ou que têm opiniões diferentes das delas. Dia desses, chamou a oposição de cara de pau. Falta-lhe equilíbrio.
Uma presidente que posou de faxineira, mas que terminou por guardar o próprio lixo sob os tapetes do Planalto, por conveniências e ambições de poder. Uma presidente incapaz de fazer com que a sua mastodôntica máquina administrativa, montada a conluios, mexa-se e faça acontecer. O exemplo maior são as obras do tal PAC, que empacou, transformando o país num cemitério de obras.
Por fim, ela se mostra uma pessoa de penoso diálogo com o Congresso Nacional, com o Judiciário e também com os empresários, parceiros nos caminhos históricos que levam ao desenvolvimento da nação.
Hoje, sabemos bem, temos uma presidente-candidata, sem projetos para o país, mas com a ideia fixa na reeleição, olhos e pés no palanque. “Podemos fazer o diabo na hora da eleição”, confessou a presidente.
É bom lembrar: Dilma é uma criatura forjada à semelhança de seu criador, o sempre presente Lula. Ao lançá-la candidata, Lula sabia exatamente que Dilma era incapaz de liderar as transformações que o país necessita. Mesmo assim, se aproveitou da confiança dos brasileiros.
Não, Dilma não é a líder que o Brasil precisa para entrar de verdade num novo tempo. Perdeu a credibilidade, mostrou que não possui estatura para gerir a construção de um país moderno. Há uma certeza: o país quer mudar. E isso já foi detectado até pelas pesquisas — segundo o Datafolha, 66% das pessoas querem mudança. E terão mudanças. Não vai adiantar mais a velha estratégia de oferecer ao país uma personagem de ficção, construída pela propaganda.
03 de março de 2014
Antônio Imbassahy, O Globo
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