Presidente americano ameaça tomar medidas para ‘isolar a Rússia’, se o país não recuar em sua proposta de invadir a Ucrânia
Soldados ucranianos montam guarda na base militar da Crimeia, na Ucrânia - Darko Vojinovic/AP
O presidente Barack Obama afirmou nesta segunda-feira que a Rússia está “do lado errado da história”, ao comentar a movimentação do Kremlin em relação à crise na Ucrânia. “A forte condenação que a Rússia recebeu do mundo todo indica o grau em que Rússia está do lado errado da história”, disse. “O mundo está em grande parte unido em reconhecer que os passos que a Rússia tomou são uma violação da lei internacional e de acordos prévios feitos pelo país”, acrescentou, segundo o jornal britânico The Guardian.
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Nesta segunda, a agência de notícias Interfax, da Ucrânia, citou fontes do Ministério da Defesa ucraniano para afirmar que Moscou havia dado um ultimato para as forças da Crimeia se renderem – notícia que foi negada por autoridades russas.
Seja como for, a Ucrânia acredita que 15.000 soldados russos já estão na república autônoma da Crimeia, e o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, disse que as tropas permanecerão na região até a “normalização da situação política” no país vizinho.
Para tentar dissuadir Putin de manobras mais ousadas, Obama disse estar estudando “toda uma série de medidas – econômicas, diplomáticas – que vão isolar a Rússia e terão impacto negativo na economia e no status do país no mundo”. (Continue lendo o texto)
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Mais tropas russas chegaram à Crimeia, cercando postos militares e outras instalações e tomando efetivamente o controle da Península das autoridades ucranianas, destacou a rede CNN. Há informações de que o cruzamento de ferry entre a Rússia e a Crimeia está controlado por homens armados – a guarda costeira da Ucrânia afirma que são soldados russos que estão ajudando a levar mais tropas para o país.
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ONU – O Conselho de Segurança das Nações Unidas voltou a se reunir nesta segunda-feira para discutir a crise. A embaixadora americana, Samantha Power, afirmou que as tropas russas estão se mobilizando na Ucrânia em resposta a uma “ameaça imaginária”. “A ação militar russa não é uma missão de proteção dos direitos humanos, é uma violação da lei internacional”, ressaltou.
O embaixador Vitaly Churkin disse que o presidente deposto Viktor Yanukovich escreveu para Putin pedindo que ele use força militar na Ucrânia. Churkin manteve o discurso de que a Rússia tem como objetivo parar extremistas radicais que estão desestabilizando o país. “Estamos falando de defender nossos cidadãos e nossos compatriotas, defendendo o mais importante direito humano, o direito à vida”, disse.
Cronologia dos protestos na Ucrânia
A recusa ucraniana - 29 de novembro
O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich (esq), ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz
A União Europeia (UE) não conseguiu convencer a Ucrânia a assinar um acordo selando sua aproximação com o Ocidente, em função da pressão de Moscou, o que constitui uma derrota para os europeus. No final da terceira cúpula da Parceria Oriental entre a UE e seis ex-repúblicas soviéticas - Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Bielo-Rússia, Armênia e Azerbaijão - os resultados foram aquém do esperado. Somente Moldávia e Geórgia assinaram o acordo.
O presidente ucraniano Viktor Yanukovich explicou que, antes de firmar um acordo, Kiev necessita "de um programa de ajuda financeira e econômica" da UE. "Não se pode, tal e como quer o presidente ucraniano, pedir que paguemos para que a Ucrânia entre nesta associação", retrucou François Hollande, presidente da França.
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03 de março de 2014
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