"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 3 de março de 2014

O BRASIL ANTES DO REAL

O Brasil antes do Real.
 
http://www.youtube.com/watch?v=HOpt78XL5us&feature=player_embedded
 
 
Muita gente não lembra o que era a hiperinflação antes do Plano Real. O comercial acima mostra a propaganda de uma cadeia de supermercados do sul do país, cujo o nome, casualmente, era Real. Olhem os preços do Brasil do Real.
Eles mudavam a cada minuto. A função que empregava maior número de funcionários era dos remarcadores de preços, com as suas maquininhas.
Você corria pelas gôndolas para pegar os preços antigos, antes que o "carimbador maluco" chegasse e aumentasse os preços antes de você colocar o produto no carrinho.
Hoje Aécio Neves, do PSDB, o partido que mudou o Brasil com o Plano Real, publica um artigo sobre a importância daquela que foi a maior e mais eficiente medida econômica da História do Brasil. Foi publicado na Folha.
 
Leia abaixo.
 
Plano Real, 20
 
O país está em festa. Milhares de brasileiros estão nas ruas e passarelas do samba, protagonizando uma das maiores e mais bonitas celebrações populares do mundo e a nossa excepcional diversidade cultural. Neste momento, suspendemos as tensões e eventuais diferenças e idiossincrasias para ocupar as avenidas, sob o signo da alegria. Poucos fenômenos são capazes de construir uma convergência assim, tão ampla e verdadeira.
Pensando nela, lembrei-me de um outro momento da vida nacional que uniu os brasileiros, em um fevereiro como este, 20 anos atrás: depois de vários planos econômicos fracassados, o Plano Real acabou com a hiperinflação. As novas gerações nem sequer podem imaginar o que significou uma era de descontrole inflacionário que dizimava a renda das famílias, aumentava a desigualdade social e impedia o país de crescer.
Sem pirotecnia, demagogia e quebra do ordenamento jurídico, instaurou-se uma agenda que contemplava os fundamentos da estabilização e do desenvolvimento, na mais importante reforma econômica do Brasil contemporâneo. Outros avanços estruturais moldaram o país moderno e respeitado que somos hoje.
Mas a data de 27 de fevereiro é emblemática como ponto de ruptura com o passado de equívocos e o advento de uma nova ordem. Foi, acima de tudo, uma construção política, nascida na democracia e em diálogo aberto com a sociedade. Um exemplo de como a coragem e a responsabilidade podem ser instrumentos transformadores da nossa realidade.
Mas nem o unânime reconhecimento que o Plano Real conquistou nesses anos foi suficiente para uma autocrítica daqueles que, apesar de terem se beneficiado dele, o combateram com ferocidade, pautados, como sempre, pelos seus interesses eleitorais.
Todos sabemos que nenhum dos avanços obtidos nos últimos 20 anos teria sido possível se a inflação não tivesse sido derrotada. Esta é a verdadeira herança deixada pelo PSDB para os brasileiros, já incorporada ao patrimônio do país. Não podemos permitir que essa conquista se perca.
O país vive um momento delicado, de baixo crescimento, inflação rediviva e credibilidade em risco. A infraestrutura compromete nossa competitividade; a educação demanda uma gestão inovadora para cumprir o seu papel transformador; as instituições públicas, reféns de grave aparelhamento e pactos de conveniência, precisam ser resgatadas e devolvidas ao interesse público.
 
Crises graves, como a desassistência à saúde pública e a violência endêmica, merecem uma nova mobilização de todos os brasileiros, para fazer o país avançar mais. Convergência. Coragem. Responsabilidade. No país que é também do Carnaval, todo dia é dia de construir o Brasil que podemos ser.
 
03 de março de 2014
in coroneLeaks

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