BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff continua sendo a favorita para vencer a eleição de outubro, mas há ruídos cada vez mais claros no cenário político.
Ontem, saiu uma pesquisa eleitoral do instituto MDA e da Confederação Nacional do Transporte (CNT). O levantamento deve ser observado menos pelos resultados sobre intenção de voto de cada pré-candidato e mais pelo cenário político que desenha no Brasil nos próximos meses.
A intenção de voto para a eleição presidencial permanece inalterada em relação ao que diversos institutos apuraram no final de 2013: Dilma Rousseff (PT) tem 43,7% contra 17% de Aécio Neves (PSDB) e 9,9% de Eduardo Campos (PSB). Hoje, a petista venceria no primeiro turno.
Mas indicadores laterais devem ser levados em conta. O mais relevante talvez sejam o humor dos brasileiros a respeito da economia e a taxa de popularidade do governo. Para 77,2%, o custo de vida aumentou nos últimos 12 meses. Não adianta a equipe econômica dizer diariamente que a inflação está controlada. A percepção das pessoas é outra --e é natural que seja assim quando os preços sobem na faixa próxima a 6% ao ano há muito tempo.
Essa sensação das pessoas se traduz na taxa de aprovação do governo Dilma Rousseff. Na MDA/CNT, 36,4% aprovam a administração petista. Em novembro, o percentual era de 39%.
Foi a primeira queda de Dilma desde o início de sua recuperação lenta e gradual pós-protestos de junho passado. Pode ser um deslize momentâneo? Sim, pode. Só que a presidente está abaixo da fronteira psicológica dos 40% de aprovação, considerados o patamar mínimo para ter sucesso eleitoral certo, segundo dez entre dez politólogos e marqueteiros.
Em resumo, o retrato geral é de uma certa deterioração na solidez eleitoral de Dilma neste início de ano. Se esse mau humor dos eleitores com a petista é passageiro ou não só será possível saber mais adiante.
Ontem, saiu uma pesquisa eleitoral do instituto MDA e da Confederação Nacional do Transporte (CNT). O levantamento deve ser observado menos pelos resultados sobre intenção de voto de cada pré-candidato e mais pelo cenário político que desenha no Brasil nos próximos meses.
A intenção de voto para a eleição presidencial permanece inalterada em relação ao que diversos institutos apuraram no final de 2013: Dilma Rousseff (PT) tem 43,7% contra 17% de Aécio Neves (PSDB) e 9,9% de Eduardo Campos (PSB). Hoje, a petista venceria no primeiro turno.
Mas indicadores laterais devem ser levados em conta. O mais relevante talvez sejam o humor dos brasileiros a respeito da economia e a taxa de popularidade do governo. Para 77,2%, o custo de vida aumentou nos últimos 12 meses. Não adianta a equipe econômica dizer diariamente que a inflação está controlada. A percepção das pessoas é outra --e é natural que seja assim quando os preços sobem na faixa próxima a 6% ao ano há muito tempo.
Essa sensação das pessoas se traduz na taxa de aprovação do governo Dilma Rousseff. Na MDA/CNT, 36,4% aprovam a administração petista. Em novembro, o percentual era de 39%.
Foi a primeira queda de Dilma desde o início de sua recuperação lenta e gradual pós-protestos de junho passado. Pode ser um deslize momentâneo? Sim, pode. Só que a presidente está abaixo da fronteira psicológica dos 40% de aprovação, considerados o patamar mínimo para ter sucesso eleitoral certo, segundo dez entre dez politólogos e marqueteiros.
Em resumo, o retrato geral é de uma certa deterioração na solidez eleitoral de Dilma neste início de ano. Se esse mau humor dos eleitores com a petista é passageiro ou não só será possível saber mais adiante.
19 de fevereiro de 2014
Fernando Rodrigues, Folha de SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário