A grande mídia mundial (Le Monde, New York Times, CNN, entre outros veículos) dedica bastante espaço aos acontecimentos que estão a agitar a Venezuela nesses últimos dias, denunciando inclusive os métodos violentos de repressão empregados pelo governo de Nicolás Maduro, mediante a divulgação de videos, fotos e relatos.
É através dessas grandes redes de comunicação, além das postagens esporádicas nas redes sociais, que parte da sociedade brasileira passou a saber, por exemplo, que o governo venezuelano responsabilizou as forças de oposição pelas agitações, acusando-as de articular uma suposta tentativa de golpe de estado, com apoio, naturalmente, dos Estados Unidos.
As notícias vindas das agências estrangeiras ratificam também a suspeita de que a eclosão dos movimentos resulta da difícil situação econômica em que se encontra o país, com desabastecimento e inflação alta, e do fracasso das políticas sociais que vêm sendo desenvolvidas pelo governo bolivariano.
Dão conta ainda que os movimentos de protestos já provocaram vítimas fatais e estão sendo esperados para qualquer momento confrontos entre as tropas e os opositores do regime, com consequências imprevisíveis.
Estes são dados que podem ser obtidos através de qualquer rede de atualidades internacionais e que, no entanto, por aqui, estão ressonando quase nada.
A população brasileira aguarda, além de um posicionamento oficial do governo brasileiro a respeito da situação, uma explicação para essa assimetria de informação.
Com a palavra o Planalto e os mandarins de nossa grande imprensa.
19 de fevereiro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado
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