"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

INÍCIO DE GENOCÍDIO PRATICADO PELO ESTADO ISLÂMICO CONTRA OS YAZIDIS COMPLETA DOIS ANOS


Há dois anos, no mesmo dia 3 de agosto, o Estado Islâmico avançou por Níneve até a região do Monte Sinjar, no noroeste do Iraque, terra da antiga e pacífica comunidade Yazidi.

O que se seguiu foi uma terrível campanha de atrocidades, da limpeza étnica ao simples genocídio. 

Civis yazidis foram queimados vivos; crianças foram decapitadas ou serradas ao meio; mulheres foram estupradas ou apedrejadas; homens levavam tiros na testa, eram decapitados, pendurados ou crucificados.

Acredita-se que centenas de Yazidis tenham morrido de fome ou desidratação quando presos no Monte Sinjar, desarmados, cercados e sem comida e água suficientes. 
Mães cuspiam na boca de seus filhos para provê-los com um pouco mais de líquidos. 
Aproximadamente 3000 mulheres e crianças, muitas com não mais do que seis anos, ainda estão desaparecidas: vítimas de abusos físicos e psicológicos, torturadas, vendidas e mantidas como escravas sexuais entre os soldados do Estado Islâmico.

O único crime dessas pessoas foi ser Yazidi, com sua própria religião, seus costumes e suas tradições. O Estado Islâmico os classifica como infiéis sem valor que, completamente desprovidos de humanidade, precisam se converter ao islã ou ser assassinados.

Os yazidis são curdos que pertencem a uma comunidade religiosa no norte da antiga Mesopotâmia, atual Iraque. 
O Yazidismo é uma religião herdeira da antiga religião mesopotâmica, anterior ao islã na região, que não permite o casamento com pessoas que não sejam também yazidis.

Os ataques aos yazidis resultaram em mais de 500 mil refugiados pela região. 
No dia 4 de agosto de 2014, o príncipe Tahseen Said, emir dos yazidis, emitiu um apelo aos líderes mundiais pedindo ajuda. 

Duas semanas após a tomada do Monte Sinjar, Barack Obama autorizou um ataque contra o Estado Islâmico na região e, em conjunto com o Reino Unido e a Austrália, começou a despejar suprimentos para subsistência dos yazidis cercados. 

Em junho de deste ano, a ONU reconheceu os atos do Estado Islâmico como genocídio. Estima-se que mais de 3 mil mulheres e crianças yazidis continuem reféns do grupo terrorista.

Criança yazidi refugiada

Displaced people from the minority Yazidi sect, fleeing violence from forces loyal to the Islamic State in Sinjar town, walk towards the Syrian border, on the outskirts of Sinjar mountain, near the Syrian border town of Elierbeh of Al-Hasakah Governorate August 10, 2014. REUTERS/Rodi Said/File Photo


03 DE AGOSTO DE 2016
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