"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

LEGADO DO PT É A PIOR RECESSÃO DO PAÍS DESDE 1910, DIZ HENRIQUE MEIRELLES



Meirelles falou claramente sobre a tenebrosa situação econômica


















O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (3) que o país enfrenta a pior recessão desde que o PIB começou a ser medido, em 1901. Segundo ele, ao assumir o Ministério, a primeira medida tomada foi “declarar a realidade tal como ela é”, para que então o governo interino pudesse enfrentar os problemas de ordem fiscal e da atividade econômica no País.
“A realidade objetiva é que o Brasil tem uma dívida bruta pública muito elevada para o nosso nível atual de desenvolvimento. Essa é uma realidade que fizemos questão de declarar, a realidade tal como ela é”, disse Meirelles em palestra no seminário organizado pelo Bradesco, no Rio. “Para se enfrentar um problema é muito importante que o problema seja reconhecido, explicitado e a partir daí possa ser enfrentado. Esse é o ponto fundamental”, completou.
CONTAS PÚBLICAS – Meirelles indicou que o reconhecimento do problema fiscal brasileiro passou pela declaração da “situação real das contas públicas”, com o reconhecimento da meta de déficit primário da ordem de R$ 170,5 bilhões. “É um número de fato muito elevado, mas é real. É realista e o mais importante é que no próximo ano teremos uma previsão de uma meta de 130 bilhões”, completou.
Segundo ele, a situação fiscal deriva de uma queda “gradual da receita tributária, em função da crise” na atividade econômica do País e na falta de confiança com a solvência do País. “É como um problema de saúde. A primeira coisa é fazer o diagnóstico correto. A primeira medida é reconhecer a realidade. A boa notícia é que já começamos a funcionar”, afirmou, logo na abertura de sua palestra.
CONFIANÇA – O ministro da Fazenda afirmou que já é possível ver resultados das medidas tomadas pela atual equipe econômica, nomeada pelo governo interino do presidente Michel Temer. Meirelles citou a melhora em índices de confiança, que começam a mostrar recuperação, embora ainda permaneçam em níveis distantes do pico histórico.
A retomada da confiança pode ajudar a recuperar o crescimento e a arrecadação tributária, acredita o ministro. “Prevê-se certa recuperação da curva de arrecadação tributária”, disse Meirelles
AUMENTO DE IMPOSTOS – Caso a recuperação da arrecadação não ocorra, a solução seria o aumento de tributos, “que não é ideal”, reconheceu o ministro. “O que não vamos ceder é em cumprir a meta”, declarou.
O ministro da Fazenda afirmou ainda que uma decisão da equipe econômica sobre eventual aumento de tributos para 2017 será tomada dentro do prazo legal, ou seja, no envio do Orçamento da União para o próximo ano para o Congresso, que deve ser feito até o fim deste mês.
Meirelles se disse confiante na aprovação pelo Congresso das reformas encaminhadas à Casa. Segundo ele, os parlamentares terão boas notícias aos eleitores em 2017 e 2018. “Teremos boas notícias para todos os brasileiros”, concluiu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como ministro, Meirelles tem obrigação funcional de ser otimista. Mas usou e abusou da franqueza, ao admitir que a situação é tenebrosa. Realmente, uma crise gravíssima. Para piorar, a cotação das commodities caiu quase 6% no mês de julho, em relação a junho. Como já chegamos ao fundo do poço e o Brasil tem o quarto maior mercado interno, a tendência é que a situação melhore. (C.N.)

03 de agosto de 2016
Deu no Estadão

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