"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

E O RESTANTE DA GRANA?? OS OUTROS MUITO MILHÕES?? CADÊ O RESTANTE DA BUFUNFA?? É POR ISSO QUE VOCÊS ESTÃO RINDO??



Se condenados (o que irá acontecer), Santana e Mônica perdem R$ 31,5 milhões



R$ 31,5 milhões pouco significam para João Santana e Mônica









O juiz Sérgio Moro arbitrou em 31,5 milhões de reais a fiança para que os publicitários João Santana e Mônica Moura possam se defender em liberdade relativa antes de serem julgados pela instância federal de Curitiba. Concordaram em pagar, como foi destaque nas edições de terça-feira de O Globo, Folha d São Paulo e O Estado de São Paulo, os três principais jornais do país. Aceitar desembolsar os 31,5 milhões equivale a uma confissão prévia e tácita de seu envolvimento no sistema de corrupção que abalou a Petrobras, explodiu o governo Dilma Rousseff e comprimiu a economia brasileira, levando-a ao nível do desemprego atual.
Mas na matéria de O Globo o repórter Renato Onofre iluminou um aspecto importante: se condenados, o que deve acontecer, João Santana e Mônica perdem o valor da fiança paga e também a liberdade. Portanto, fiança, ao contrário do que alguns poderiam pensar, não representa absolvição ou anistia, como se uma pena substituísse a outra. Nada disso. O processo de acusação prossegue. O juiz Moro estabelecerá a sentença.
ABSOLVIÇÃO? 
Os réus somente poderão receber o dinheiro pago de volta no caso de serem absolvidos.           O que, a meu ver, é extremamente difícil, já que disponibilizar 31,5 milhões para a fiança exigida reflete, sem dúvida, a confissão de culpa. 
Como poderia o casal de publicitários dispor de tanto dinheiro? Impossível, sem o ingresso de ambos nas sombras da corrupção sistêmica que envolveu e intoxicou o Brasil ao longo de pouco mais de uma década.
A confissão por ação tácita ganha dimensões ainda maiores, quando se percebe que acrescenta fortes argumentos ao impedimento definitivo de Dilma Rousseff na presidência da República no episódio final previsto para votação do Senado Federal no final do mês.
DELAÇÃO PREMIADA 
Santana e Mônica aguardam a condenação que iniciaram em sequência no rumo da delação premiada, a qual começaram a percorrer a partir do momento em que revelaram que Dilma, na campanha de 2014, tinha pleno conhecimento do sistema de caixa 2, ou seja, o repasse de doações eleitorais por fora, sem recibo, portanto.
Dessa forma, os beneficiados registravam na Justiça Eleitoral recursos muito abaixo do valor do volume efetivamente recebido. Ficavam, claro, com a diferença. E faziam o registro contábil do TSE buscando com esse movimento preparar o terreno mágico que lhes proporcionasse iludir a todos, sob o argumento falso de que o recebido fora o registrado. Não era nada disso.
NO CAIXA DOIS 
Aliás, ninguém de bom senso poderia acreditar que dinheiro proveniente de contratos superfaturados seria, no final da ópera, registrado integralmente na contabilidade da Justiça Eleitoral. A preocupação dos ladrões, de todos os lados, era que a contabilidade que encaminhavam batesse com os valores que simplesmente declaravam. Evidente que, sob este prisma fictício coincidiam.
Mas faltava – isso sim – o TSE ir às fontes doadoras, no caso as grandes empreiteiras, confirmar as informações. Aí, de verdade, as contas não fechariam, se acrescentados a essa conferência os termos aditivos dos contratos, onde se fabricavam, de fato, as peças essenciais da indústria da corrupção, ainda mais lucrativa, para os ladrões, do que a correta execução de obras públicas.
No fundo, o dinheiro jorrava das torneiras estatais. O que, em síntese, tal fenômeno representava? O dinheiro saiu, e continua saindo, do bolso da população brasileira, portanto, do bolso de todos nós.
03 de agosto de 2016
Pedro do Coutto

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