"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 5 de janeiro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

VENDA APRESSADA DE ATIVOS DA PETROBRAS E INVESTIMENTOS ARRISCADOS DA PETROS AGITAM O MERCADO
 
 

O ano começa com intensas pressões internas na Petrobras e na Petros. Investidores prometem cumprir, em breve, a ameaça de pedir que a estatal de economia mista brasileira tenha seus negócios investigados pela Security and Exchange Comission - SEC) – que pega pesado na fiscalização do mercado de capitais dos EUA. E os empregados da Petrobras também ameaçam entrar com ações judiciais para cobrar transparência e avaliação real dos altos riscos envolvidos em recentes negócios do fundo de pensão patrocinado pela petroleira.
 
O temor concreto do governo é que investidores peçam, na Justiça brasileira e norte-americana, ressarcimentos financeiros por prejuízos concretos, estimados em US$ 120 bilhões, com a política de preços dos combustíveis. O governo jogará pesado, nos bastidores, para tentar impedir uma ação desta magnitude – com efeitos negativos no ano reeleitoral. A tática será amansar grandes investidores estrangeiros da companhia. Se eles comprarem a briga, a situação da Petrobras se complica lá fora.
 
Tais perdas bilionárias foram produzidos entre janeiro de 2013 até 29 de abril de 2013. Nesta data, os minoritários conseguiram eleger, pela primeira vez, seus representantes legítimos, fora do interesse do governo, para os conselhos da Petrobras. Antes disso, todos os membros dos conselhos de administração e fiscal correm risco de serem responsabilizados em ações que denunciam “comprovado conflito de interesses perpetrado pelo acionista controlador e suas partes relacionadas”.
 
Fora a bronca dos investidores, um caso recente e concreto pode render um mega ataque da oposição ao governo. Dilma Rousseff praticou um ato entreguista, no final do ano, para tentar reverter a oposição da Oligarquia Financeira Transnacional ao projeto de continuidade do PT no governo. Só isso explica por que a Petrobras vendeu para a Shell o “filé mignon” de sua participação no projeto Parque das Conchas, na Bacia de Campos. Ou, também, a petralhada sinaliza que precisa bem mais do que os R$ 400 milhões que já teria reservados para torrar na campanha reeleitoral.
 
Investidores da empresa vão pedir explicações adicionais sobre o negócio à Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que preside o Conselho de Administração da estatal de economia mista. Dois questionamentos básicos: Quais os parâmetros para venda de participações em blocos que já produzem? Qual o fator de recuperação do campo considerado para a venda?
 
Investidores cobrarão da empresa informações sobre um histórico do fator de recuperação dos blocos de exploração no Nordeste e na bacia de Campos, considerados hoje maduros. O objetivo é saber se as previsões falharam, igualaram ou se superaram. Investidores – principalmente os brasileiros – reclamam da falta de transparência da Petrobras sobre esses dados. Eles questionam a governança corporativa da empresa e ameaçam com ações judiciais para apurar e impedir conflitos de interesse.
 
O grande negócio fechado com a Shell pode dar uma sobrevida a Maria das Graças Foster na presidência da Petrobrás. Além de amiga pessoal de Dilma, Graça foi apadrinhada no cargo porque o marido Colin Vaugn Foster, membro da cúpula internacional da Grande Loja Unida da Inglaterra, tem estreitas ligações com a oligarquia britânica – que comanda a maçonaria e negócios transnacionais muito maiores que a mera ordem dos chamados “pedreiros livres”. Graça, que estava demissionária, apesar da negativas para “inglês ver”, ganha fôlego com o “reforço de caixa” da Petrobras.
 
Entreguismo explícito
 
Objetivamente, a pretensa nacionalista Dilma torrou R$ 3,85 bilhões em ativo produtivo da União. O negócio não foi apenas para fazer caixa para a Petrobras, mas para tentar aplacar a ira dos controladores globalitários que ameaçam abandonar o PTitanic. A Shell saiu no lucro, como sempre, pagando apenas U$ 1 bilhão pela fatia de 23% no negócio. Agora, tem 73% de participação total no lucrativo e promissor empreendimento do qual a Petrobras abriu mão. Foi o presentão de Dilma Noel para o Poder Real Mundial. Mais uma prova de que o entreguismo é a verdadeira energia da governança do crime organizado.
 
Na interpretação de “águias” do mercado, a Petrobras está vendendo ativos que estão produzindo para patrocinar o plano de investimentos irreal em refinarias  que tira valor da empresa (renda fixa mal remunerada). Outra pergunta que investidores farão oficialmente à presidente Graça Foster e ao ministro Guido Mantega (presidente do conselho de administração da empresa) é: Qual é a taxa de desconto que a Petrobrás utiliza, entre outras variáveis?
 
Os negócios são realizados em média a taxa de 25%. Os campos antigos no litoral de Campos estão com fator de recuperação de 55% a 60%. Assim, a Petrobras está trocando os 30% adicionais de valor residual por investimentos que não têm esse ganho, porque retorna ao poder concedente e ou reparte com a União, no modelo de partilha, já que a capitalização foi concretizada com valor fixo de 5 milhões de barris extraídos.
 
A área entregue pela Petrobrás abriga o projeto do Parque das Conchas, que atualmente produz cerca de 50 mil barris por dia. Desde que entrou em operação, em 2009, BC-10 já produziu mais de 80 milhões de barris de óleo equivalente (boe). A Shell informou que a fase 2 do projeto entrou em operação em 1º de outubro de 2013, conectando o campo Argonauta Norte ao FPSO Espírito Santo (um navio com capacidade de processar, armazenar e escoar a produção de petróleo). O pico de produção esperado é de 35 mil boe por dia. A decisão final de investimento para a Fase 3 do projeto foi tomada em julho e, quando entrar em operação, deve atingir um pico de produção de 28 mil boe/dia.
 
Agora, a Petrobras vai assistir à Shell colhendo os lucros, enquanto a soberania brasileira, como de costume, fica a catar conchinhas...
 
Problemas na Petros
 
Empregados da Petrobras trocam e-mails, irritados, com o fundo de pensão Petros – um dos símbolos do sistema capimunista brasileiro.
 
Eles reclamam de um “alarmante e crescente déficit do  "Equilíbrio Técnico"  do Plano Petros do Sistema Petrobrás, que já chegou  a  -7.603.971.444,   (2.333.965.320  positivos de janeiro +  5.270.006.124 negativos de setembro)”.
 
Protestam contra a falta de informações sobre a reunião do Conselho Diretor do fundo de pensão realizada no último dia 27 de dezembro.
 
Investimentos de risco
 
Os pensionistas da Petros reclamam de um alto risco de retorno financeiro em recentes negócios em que o fundo entrou como sócio.
 
O primeiro é privatização da Br-040, no qual a Invepar (Petros, Funcef, Previ e OAS) ganharam a concessão de uma estrada oferecendo 61% de desconto nas tarifas dos pedágios.
 
Os aposentados e pensionistas da Petros temem que o negócio prejudique os resultados do fundo, já que o próprio governo tinha previsto uma taxa de retorno de 7,2%, que já era baixa sem o mega-desconto que foi oferecido pela Invepar.
 
Outra bronca dos beneficiários da Petros é com o leilão do aeroporto de Guarulhos, negócio em que o fundo enterrou R$ 3 bilhões, sem previsão de retorno, através da mesma Invepar.
 
Discordando da Dilma
 
O empresário Fabio Arruda Mortara, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), discordou da afirmação da presidente Dilma Rousseff, na sua mensagem de Ano Novo, de que há setores de atividade instilando insegurança e fazendo guerra psicológica.
 
“O que vários segmentos vêm fazendo, em especial da indústria de transformação, é buscar um diálogo franco, aberto e transparente com o governo, numa tentativa de demonstrar os danos provocados pela perda de competitividade da manufatura e alguns equívocos da política econômica”.
 
Para Mortara, “a crítica construtiva e o diálogo são positivos, reforçam institucionalmente a democracia brasileira e contribuem para a correção de rumos”.
O empresário explica que a perda paulatina da capacidade de competir, que atinge numerosos setores da manufatura, agrava-se ante alguns problemas mais recentes: o péssimo resultado da balança comercial em 2013; o fator agregado a este do saldo bastante negativo das transações em contas correntes nas operações do Brasil com o exterior; e as dúvidas do mercado quando aos ajustes fiscais do Governo Federal.
 
“Tudo isso, somado à infinita postergação das reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista, conspira contra a retomada dos investimentos e a favor do aprofundamento das desconfianças”.

Mensagem de Otimismo


Vídeo de sucesso


O video “Fifa World Cup – The Real Brazil”, em 2 minutos e 54 segundos de duração, consegue ser mais eficiente que qualquer discurso de oposição à petralhada.
 
Segredo suspeito
 

Em outro vídeo velho que alarma a petralhada, de 11 de abril do ano passado, o senador Alvaro Dias denuncia o estranho segredo nos empréstimos de US$ 2,17 bilhões do governo brasileiro aos governos de Cuba e Angola.
 
Até agora, o governo nada esclareceu sobre a denúncia, e nem pretende esclarecer nada...
 
Dane-se o avião?
 
 
Veja que nome estranho de companhia aérea... Kulula Airlines...
 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Feliz 2014!

05 de janeiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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