"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 5 de janeiro de 2014

ANVISA OBRIGARÁ TAMBÉM USO DE RÓTULO GENÉRICO PARA AS BEBIDAS ALCOÓLICAS?


O nível de imbecilidade e estupidez do jornalismo brasileiro, em quase cem por cento balizado pelo pensamento politicamente correto, insiste em igualar as drogas que alteram o comportamento das pessoas e levam ao crime com o cigarro de tabaco. 

A Folha de S. Paulo abraçou a causa politicamente correta da Anvisa que interfere, sim, no direito individual dos cidadãos brasileiros. Essa agência pretende impor na marra que o sujeito deixe de fumar cigarros de tabaco. No entanto, não emite um pio sobre as bebidas alcoólicas. E o álcool, como todos sabem, é uma droga pesada que altera violentamente o comportamento das pessoas. Há estatística que apontam para o fato de que a maioria de acidentes envolvendo veículos automotores decorre do fato de que boa parte dos condutores desses veículos estavam alcoolizados. 

A Anvisa quer transformar os rótulos das diversas marcas de cigarro sem qualquer tipo de colorido, logomarca, etc... Seria a criação de um tipo "genérico" de marcas de cigarro, com a finalidade - diga-se de passagem, completamente estúpida - para desestimular o consumo do produto. O objetivo disso é no futuro proibir que a pessoa fume! Isso é, na verdade, o mais odioso ataque à liberdade individual!

Ora, se isso será feito com os rótulos dos cigarros de tabaco, o mesmo teria de ser feito com as bebicas alcoólicas, droga mil vezes pior do que o tabaco! No entanto estão lá nos supermercados e delicatessens verdadeiros "altares" em que  bebidas de álcool são expostas com franco incentivo ao consumo! 

Acresce a tudo isso o fato de que as passeatas em favor da maconha e da liberação geral das drogas estão liberadas ferindo de forma flagrante o que está previsto em lei. A apologia das drogas é crime! 

Se a horda de viciados em maconha, crack, cocaína, heroína e bebidas alcoólicas resolvesse trocá-las pelos cigarros de tabaco a criminalidade desceria a níveis próximos de zero! Esta é a verdade insofismável.

E a Anvisa que proíbe medicamentos destinados a minimizar a obesidade e se ocupa em gastar dinheiro público como campanhas contra o cigarro de tabaco, fecha os olhos para uma questão de saúde pública crucial e responsável por diversas doenças que matam milhares de brasileiros todos os dias. Refiro-me à ausência de redes de esgoto tratado em praticamente todas as cidades brasileiras. Quanto a isso, nem um pio. Nada. Ninguém se refere a essa funesta realidade brasileira que é o fato de os brasileiros viverem sobre uma grande cloaca!

Voltando à Folha de S. Paulo, verifico que Hélio Schwartsman, que normalmente não diz nada além de frases de efeito com pretensões de sábio, resolveu encampar a campanha antitabagista da Anvisa em sua coluna desta sexta-feira, e tem o desplante de comparar o cigarro de tabaco com as drogas que alteram o comportamento.

Mas o nível de confusão destilado pelo articulista que se diz libertário e a favor da liberação de todas as drogas e que não pretende somar-se àqueles que atentam contra a liberdade individual, é algo inominável. Isto se evidencia neste parágrafo:

"Se há um papel legítimo para o Estado aqui é assegurar que as pessoas tenham acesso às informações relevantes para a tomada de decisões, que incluem as estatísticas sobre os óbitos e moléstias provocados pelo fumo e até quantidades módicas de contrapropaganda, que podem mobilizar aspectos emocionais."

Notem como ele pretende parecer mesmo preocupado e independente, acima do do bem e do mal, anotando, todavia, que é o papel do Estado assegurar que as pessoas tenham acesso a informações relevantes sobre... os males cigarro de tabaco! 

Ao que eu indago: e sobre as bebidas alcoólicas?, para não dizer o restante das drogas entorpecentes? É o caso, portanto, de impor também um rótulo genérico sem qualquer ilustração colorida, para as garrafas de bebidas alcoólicas. O Estado deve franquear ao público as informações sobre o deletério efeito do álcool sobre o organismo das pessoas e que também o álcool é uma droga pesada, e por aí vai.

E tem mais: se fosse o rótulo dos cigarros indutor ao consumo, que dizer dos entorpecentes comercializados pelas quadrilhas do tráfico sem qualquer rótulo ou marca, sem qualquer apelo publicitário. Isto sem falar no fato de que essas drogas são manipuladas sem que seja obedecida qualquer norma de higiene!
No final das contas, Hélio Schwartzman é mais do mesmo. A maioria dos jornalistas flerta desabusadamente com a ideologia politicamente correta que nada mais é que a novilíngua do socialismo do século XXI.

A perseguição aos fumantes de tabaco, que são uma minoria no planeta, foi a primeira ação de engenharia social desse neo-comunismo para minar a liberdade individual. Trata-se de uma estratégia que abre o caminho para a destruição total da liberdade individual, ou seja, faculta mais adiante o triunfo da tirania pura e simples.

E, para concluir, devo afirmar que sou jornalista há mais de 40 anos. Também sou advogado, mestre em Direito. Cerca da metade desse tempo estive em redação de jornal diário. E, como já me referi em artigos precedentes, foi nas redações dos veículos de mídia onde encontrei os sujeitos mas burros, diletantes e cretinos metidos a intelectuais. E o mesmo devo afirmar em relação aos cursos de pós-graduação em humanas das universidades que já se transformaram em usinas produtoras de imbecis, cujos cérebros foram abduzidos pela ideologia politicamente correta que domina o ambiente acadêmico.

Concluindo, vale repetir uma frase que criei: "A humanidade é pródiga na geração da estupidez e parcimoniosa na produção da genialidade".

Ao que parece, esta lastimável realidade ganha contornos dramáticos neste século XXI.
 
05 de janeiro de 2014
in aluizio amorim

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