"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

PRESIDENTE USA TESE ENGANOSA SOBRE QUEDA DAS MAIORES DESPESAS FEDERAIS

 
A presidente Dilma Rousseff se valeu de uma tese enganosa sobre a redução de despesas federais em seu debate público com a oposicionista Marina Silva, hoje abrigada no PSB.
 
Segundo a argumentação, lançada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), as contas do governo estão sob controle porque os principais gastos _Previdência Social, juros da dívida pública e pessoal_ estão em queda como proporção da economia do país.

Desde que foi inaugurada, no final do ano passado, a tese já foi superada pelos fatos. Das três despesas citadas, apenas  a com pessoal permanece em baixa.
 
O principal gasto da União, com benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), nunca chegou a cair. Havia sido reduzido, isso sim, o deficit do instituto, cujas receitas cresciam ainda mais rapidamente que os gastos.
 
Não mais: de janeiro a agosto deste ano, as despesas da Previdência Social superaram as receitas em R$ 35,8 bilhões (1,15% do Produto Interno Bruto), contra um saldo negativo de R$ 28,1 bilhões no mesmo período do ano passado (0,98% do PIB).
 
Os gastos continuam em alta, impulsionados pelo envelhecimento da população e pela elevação do salário mínimo; já a arrecadação não cresce tanto quanto antes, com o ritmo lento da economia e as medidas de desoneração tributária adotadas pelo governo.
 
Os encargos da dívida pública reassumiram a tendência de alta desde que o Banco Central voltou neste ano a elevar juros para conter a inflação. Nos primeiros oito meses do ano, atingiram 4,04% do PIB, acima dos 3,58% do período correspondente de 2012 e até dos 3,40% de 2010.
 
A inflação ajudou, ao menos, a conter as despesas com o funcionalismo público, cujos reajustes não acompanharam, em geral, a alta dos preços. O gasto com pessoal, que encerrou os anos Lula em 4,42% do PIB, ficou em 4,23% de janeiro a agosto de 2012 e 2013.

16 de outubro de 2013
Gustavo Patu - Folha de São Paulo

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