Ele não sai dos holofotes da imprensa, está cada vez mais disponível, não pode ver um jornalista que sai logo dando declarações, e o assunto nem interessa. Na segunda-feira, no Rio, deu um show na PUC, como principal convidado da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, pois é claro que o candidato Joaquim Barbosa não poderia perder uma oportunidade como esta.
Perguntaram se ele pretende continuar ministro do Supremo até a idade limite, Barbosa foi franco: “Acho difícil, acho muito difícil…” – admitiu, acrescentando: “Eu não tenho, no momento, nenhuma intenção de me lançar à Presidência da República. Mas pode ser que no futuro, a médio prazo, eu tenha tempo para pensar sobre isso”.
Por fim, declarou-se favorável ao lançamento de candidaturas independentes, como no tempo de Ruy Barbosa.
As declarações do presidente do Supremo precisam de tradução simultânea ou estão suficientemente claras?
Quando Barbosa diz que não tem intenção “no momento”, está se referindo ao dia de hoje. Quando admite ser candidato “no futuro, a médio prazo”, ele está sinalizando que só vai se declarar candidato em 5 de abril de 2014, quando termina seu prazo fatal para se filiar a algum partido e concorrer à eleição. E quando defende candidaturas independentes, isso significa que preferiria disputar a sucessão assim, sem precisar de partido político.
LULA CHEIO DE VONTADE
Do outro lado da Praça dos Três Poderes, a presidente Dilma Rousseff vê Lula crescendo no retrovisor e já pode até sentir o bafo no cangote.
O ex-presidente concedeu entrevista de 34 minutos ao site Carta Maior. Sua declaração mais importante foi a seguinte:
“Eu estou aqui e com mais vontade do que nunca”, disse Lula, que também exaltou as manifestações de rua:
“Tudo o que eu fiz foi nas ruas, com megafone na mão e em cima de carro de som”.
Disse que é salutar o povo querer mais e cabe ao governo dar conta das demandas.
Precisa traduzir?
16 de outubro de 2013
Carlos Newton
Nenhum comentário:
Postar um comentário