Espionagem dos EUA pode revelar que negócios secretos de petralhas com ditaduras escondem "mensalão"
16 de outubro de 2013
A petralhada interpretou como um recado velado de que vem bomba escatológica contra Luiz Inácio Lula da Silva a publicação ontem, pelo jornal O Globo, com direito a chamada de primeira página, de um artigo do jornalista José Casado, com o título “Segredos Bilionários”. O texto denuncia e protesta contra o fato de o Brasil já ter dado uns US$ 6 bilhões em créditos públicos aos governos de Angola e Cuba, cujos ditadores são parceiros (ideológicos e de negócios) de empresas e pessoas ligadas ao governo petista.
O que o artigo de O Globo não pode revelar é que os negócios de Lula com Angola e Cuba já são alvo do pente fino da espionagem (ilegal ou não) norte-americana – amplamente divulgada pela imprensa. A maior suspeita dos EUA é que os recursos investidos nas ditaduras promovam uma forma refinada do “Mensalão”. As transnacionais brasileiras, beneficiadas lá fora com a grana secreta da corrupção, fazem o chamado “draw back”, às escondidas, de uma polpuda comissão do dinheiro desviado para os esquemas petralhas.
O dinheiro desviado das negociatas com ditaduras pode ser distribuído das mais variadas formas. Diretamente lá fora, em negócios que a petralhada têm nos países beneficiados. Em algumas situações, como no caso de Angola, as comissões de corrupção são pagas com um ativo de fácil negociação no mercado internacional: diamantes. O risco que os corruptos correm é serem facilmente identificados na hora de vender as joias – geralmente negociadas em Amsterdã e Antuérpia, em operações rigidamente controladas pelos judeus.
A distribuição do dinheiro da corrupção também diretamente, em contas secretas mantidas pelos beneficiados diretos, por “laranjas” ou pelas empresas envolvidas em paraísos fiscais (o que é uma operação facilmente rastreável e de alto risco). Neste caso, a grana volta ao Brasil, lavadinha, disfarçada de “investimentos estrangeiros diretos”. Quando é internalizado no País, o “mensalão” é redistribuído aos esquemas de politicagem. Nada disso O Globo teve (ainda) condições de informar...
O artigo, publicado estrategicamente ontem como uma espécie de recadinho das Organizações Globo aos ataques petistas que vem sofrendo na área fiscal, aponta para o lado escandaloso das relações com Angola, de José Eduardo Santos e seus filhos: “Supõe-se que a maior fatia (US$ 5 bilhões) esteja destinada ao financiamento de vendas de bens e serviços para Angola, onde três dezenas de empresas brasileiras mantêm operações. Isso deixaria o governo angolano na posição de maior beneficiário do fundo para exportações do BNDES. O restante (US$ 1 bilhão) iria para Cuba, dividido entre exportações (US$ 600 milhões) e ajuda alimentar emergencial (US$ 400 milhões)”.
Escandaloso é o fato de o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, há 15 meses, ter classificado como “secretos” os acordos com as ditaduras, bem citadas por José Casado, de: José Eduardo Santos (Angola), Raul e Fidel Castro (Cuba), Robert Mugabe (Zimbabwe), Teodoro Obiang (Guiné Equatorial), Denis Sassou Nguesso (Congo-Brazzaville), Ali Bongo Odimba (Gabão) e Omar al Bashir (Sudão). Mais grave ainda, segundo Casado, é que os brasileiros estão obrigados a esperar mais 14 anos, ou seja, até 2027 para ter o direito de saber como seu dinheiro foi usado em negócios bilionários e sigilosos.
A não ser, caro Casado, que alguma arapongagem do Tio Sam acabe revelando o que existe nestes escatológicos negócios entre ditadores, empresários e políticos brasileiros. Se isto acontecer, a petralhada ainda vai reclamar que tudo é uma grande cachorrada (como a que o cãozinho Fifi fez na foto acima)
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Animalesca
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16 de outubro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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