"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

DILMA MANDA CONCORRENTES "ESTUDAR". COM QUE AUTORIDADE? E O QUE ELA DIRIA PARA LULA?

 
Dilma dando lição aos concorrentes: com que base? (Foto: Folhapress)
Dilma dando lição aos concorrentes rivais às eleições de 2014: com que base? (Foto: Folhapress)
Como se estivesse com o mundo na barriga, sabendo sobre tudo, a presidente Dilma Rousseff recomendou a seus adversários na campanha presidencial que “estudassem” para poder governar o Brasil.
Fez essa recomendação a Aécio Neves (economista, ex-deputado federal, ex-presidente da Câmara dos Deputados, duas vezes ex-governador de Minas Gerais e atualmente senador da República pelo PSDB), Eduardo Campos (economista, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-ministro de Ciência e Tecnologia, atual governador de Pernambuco pelo segundo mandato consecutivo, pelo PSB) e a Marina Silva (bacharel em história, pós-graduada em psicopedagogia, ex-vereadora, ex-deputada estadual, ex-senadora da República (pelo PT) e ex-candidata à Presidência pelo PV, em 2010, com 20 milhões de votos.
Curiosa essa arrogância da presidente.
Ela se formou, tardiamente, em economia, por seu envolvimento com a luta armada e os anos que passou na clandestinidade e no cárcere. Depois, tentou e não terminou uma pós-graduação e um doutorado na mesma área.
Antes de ser presidente, jamais exercera cargo eletivo algum. Foi uma ministra de Minas e Energia de Lula que não deixou grandes lembranças e uma chefe da Casa Civil também do ex-presidente que se viu transformada em “mãe” de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que já tem quase dez anos e não atingiu nem um terço de seus objetivos.
Com que moral a presidente passa lição de casa e pito em seus adversários, dois deles administradores experientes e a terceira com formação acadêmica melhor que a sua e várias vitórias eleitorais no currículo, além de cinco anos como ministra de Estado?
Ela recomenda aos adversários “estudar”?
O que recomendaria a seu guru, Lula, que nunca quis se aproximar de qualquer curso depois que passou a ter possibilidades, e que apregoa com orgulho sua falta de instrução?
16 de outubro de 2013
Ricardo Setti - Veja
 

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