"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

CABRAL OFENDE O JUIZ E ALEGA QUE SUA FORTUNA É FRUTO DE "SOBRA DE CAMPANHA"


Cabral acusou o juiz de “se projetar” às custas dele
O interrogatório de Sérgio Cabral (PMDB), conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, começou com discussão entre os dois nesta segunda-feira (23). O ex-governador disse que o Ministério Público Federal faz um teatro, que está sendo injustiçado e chegou a dizer que Bretas se referia a ele de maneira “desdenhosa”. O magistrado rebateu.
Cabral resumiu a denúncia como “um roteiro mal feito de corta e cola”. Ele respondeu às primeiras perguntas sobre a denúncia de compra de joias com dinheiro de propina, citando que o magistrado deve conhecer o assunto, já que sua família tem negócios no ramo de bijouterias. “Não quero que o senhor conte história da minha família ou o que aferiu a meu respeito”, afirmou.
SEM DESDÉM – O ex-governador chegou a dizer que Bretas falava dele de maneira “desdenhosa”. “Aqui não há desdém”, rebateu o juiz.
“Comprei joias com fruto de caixa dois, não foi de propina. Meu governo não foi organização criminosa, mudou a vida de milhões de brasileiros que moram no Rio. Não me sinto chefe de organização criminosa nenhuma”, ressaltou Cabral.
O interrogatório chegou a ser suspenso por cinco minutos. Cabral reclamou que o juiz não acredita nele e que a primeira denúncia já tinha as mesmas acusações que as seguintes. “Eu estou sendo injustiçado. O senhor está encontrando em mim uma possibilidade de gerar uma projeção pessoal, e me fazendo um calvário, claramente”, reclamou o ex-governador.
SEM PROPINA – De acordo com o ex-governador, os donos das empresas de obras não pagavam propina. “Não é verdade que empreiteiro dê dinheiro antecipado por qualquer coisa. Fiz a campanha 2006 e sobraram recursos de campanha. O dinheiro que Carioca me deu não tinha vínculo com obras”.
Cabral voltou a dizer que o erro dele foi caixa dois e que não havia 5% de propina nas grandes obras. Ao dizer novamente que as mudanças de financiamento de campanha são prejudiciais à política, ele chorou.
“Por mais que tenha me exasperado com o senhor (Bretas) aqui, por mais que ache injustiça o que o MP faz, que fique indignado com as matérias que saem nos jornais, prefiro muito mais ser acusado num sistema democrático, ser massacrado, do que um sistema autoritário”, disse Cabral, emocionado.
ADRIANA CALADA – A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo também foi convocada para prestar depoimento na Justiça Federal do Rio, mas ficou calada durante o interrogatório. Além dela, Carlos Miranda, apontado como operador financeiro de Cabral, também não respondeu às perguntas do juiz Marcelo Bretas.
Ela e o marido, o ex-governador Sergio Cabral (PMDB), respondem a processo por terem comprado joias com dinheiro que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), seria originário de um milionário esquema de propina.
Em depoimentos anteriores, Adriana reconheceu que recebia presentes de joalherias como a H. Stern, mas disse não saber como eram pagos. Talvez, disse ela, para “publicidade” da marca ao se associar a então primeira-dama. Já o MPF suspeita que, através do esquema criminoso, quase 200 joias foram compradas. Somente uma delas foi avaliada em R$ 1,6 milhão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Sérgio Cabral não está em situação de equilíbrio mental. Mostra-se delirante, ofende o juiz e insiste em que o magistrado acredite que o réu amealhou quase R$ 400 milhões em “sobras de campanha”. Talvez Cabral esteja se fazendo de maluco para sair da cadeia e ir para uma clínica. Só pode ser isso. Ou então está abusando dos psicotrópicos que já foram encontrados em sua cela. Por via das dúvidas, o juiz o transferiu para uma prisão federal, que ainda será definida. Ao sair da órbita de seu amigo e cúmplice Pezão, o réu Cabral terá mais dificuldades para se tornar delirante, digamos assim. (C.N.)


02 de novembro de 2017
Gabriel Barreira
G1 Rio

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