Merecem o quê, os animais que decapitaram 56 companheiros de prisão em Manaus? Junte-se a eles as centenas de outros que todos os dias assassinam a média de oito bandidos ou cidadãos honestos, em todo o país?
Mente quem não tiver pensado em pena de morte como sentença final para quantos praticaram esses crimes, desafiando a lei e destruindo o pouco que resta das estruturas de uma sociedade organizada. Apenas no Império existiu oficialmente a pena de morte. Nem por isso ela deixou de ser aplicada pelos próprios bandidos, ao longo dos tempos republicanos. Pela polícia, também, onde se misturam algozes e vítimas.
O governo federal anuncia a construção de cinco penitenciárias para presos de alta periculosidade, além de prometer recursos para bloquear telefones celulares. É muito pouco. Fosse promovida uma consulta à população e a imensa maioria se pronunciaria pela pena capital. Alegar que a medida poderia envolver injustiças não subsiste como argumento legitimo, apesar do risco. Um Judiciário renovado e aprimorado, onde a pena de morte seria decidida por um colegiado, evitaria a maior parte dos erros possíveis. Um sistema de apuração de responsabilidades serviria de mecanismo para impedir desvãos.
Em suma, do âmago da questão, surge um grito de revolta: “Pena de morte, já!” É preciso coragem para enunciá-lo, mas no reverso da medalha, indaga-se da possibilidade de reabilitação de qualquer um dos assassinos de Manaus. Quem acreditar que se manifeste...
08 de janeiro de 2017
carlos chagas
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