"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de janeiro de 2017

ADMINISTRADORA DA PRISÃO FEZ DOAÇÕES PARA EX-DEPUTADO RÉU POR TRÁFICO


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Souza montou uma quadrilha junto com seus dois irmão

O Grupo Umanizzare e seus sócios injetaram cerca de R$ 800 mil na campanha de reeleição de Carlos Souza, ex-deputado federal pelo PSD que é réu por tráfico de drogas. A informação foi revelada pelo site “O Antagonista”, na quinta-feira (dia 5). A Umanizzare é a gestora do Complexo Anísio Jobim, em Manaus, onde 56 presos conheceram o inferno no primeiro domingo do ano – todos mortos, dilacerados e decapitados.
Os recursos foram doados pelas empresas Auxílio Agenciamento e da LCJ Participações, e pelos sócios Lelio Vieira Carneiro e seus filhos Frederico Carneiro e Lelio Carneiro Jr., além de Regina Celi – os dois últimos donos da Umanizzare, informou “O Antagonista”.
A investigação contra Carlos Souza começou em 2009, quando ele exercia o cargo de vice-prefeito de Manaus (governo Amazonino Mendes). Ele chegou a ser preso, mas foi colocado em liberdade oito dias depois.
FORO PRIVILEGIADO – Como Souza, na ocasião, detinha foro privilegiado, o processo foi deslocado para a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011. Os autos retornaram à primeira instância da Justiça do Amazonas em 2015 porque o político não conseguiu ser reeleito em 2014.
A remessa dos autos que citam o ex-deputado para a 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes da Comarca de Manaus ocorreu no dia 8 de abril de 2015.
A reportagem tentou contato com o ex-deputado Carlos Souza, por telefone e por e-mail, mas não houve retorno. O espaço está aberto para sua manifestação. A empresa Umanizzare não retornou e-mail enviado pela reportagem. O espaço está disponível para a defesa da empresa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Surgem cada vez mais informações de que a Umanizzare não passa de uma gigantesca arapuca, com ligações diretas com o mundo do crime. O deputado estadual Fausto Souza (PSD), irmão de Carlos Souza, que também não foi reeleito, figura como réu na mesma ação. Eles são acusados de pertencer à quadrilha liderada pelo irmão, Wallace Souza (morto em 2010), deputado estadual cassado na Assembleia Legislativa do Estado, que ganhou notoriedade após ser acusado de participar de crimes –  incluindo homicídio. Mas o governador José Melo (PROS) insiste em defender a empresa. Se houvesse seriedade na política, este governador e seu antecessor Omar Aziz, do PSD, deveriam ser responsabilizados com a perda dos mandatos atuais, ressarcimento ao erário e cassação dos direitos políticos, além de processo criminal. (C.N.)


08 de janeiro de 2017
Deu no Estadão

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