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No ano passado, os fundos de pensão Petros e Funcef tiveram de registrar perdas que somadas se aproximaram dos R$ 3 bilhões com o investimento que fizeram na Sete Brasil. A empresa que foi criada para gerenciar a construção de sondas para o pré-sal quebrou financeiramente com uma dívida de R$ 18 bilhões. A companhia entrou em um processo de recuperação judicial, para tentar colocar pelo menos parte das sondas que pretendia em funcionamento.
Além de Petros e Funcef, também a Valia, dos funcionários da Vale, e a Previ, do Banco do Brasil, investiram na empresa por meio do FIP Sondas. Os valores foram menores, cerca de R$ 150 milhões cada um. Fontes próximas a esses fundos relatam que entraram no investimento quando a ideia era construir sete sondas, por isso o nome Sete Brasil, e que já tinham sido contratadas pela Petrobrás. Algum tempo depois, no entanto, decidiu-se ampliar para 29 sondas. Foi quando Petros e Funcef aportaram mais recursos na companhia.
A Sete é investigada na Operação Lava Jato por esquemas de pagamentos de propinas a executivos da empresa por parte de estaleiros que ganharam os contratos.
IRMÃOS FRIBOI – Nesta segunda-feira, dia 5, na Operação Greenfield os irmãos Wesley e Joesley Batista, sócios da holding J&F, que controla a Friboi, a Alpargatas e muitas outras grandes empresas, foram intimados a prestar depoimento à Polícia Federal.
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira nos endereços residenciais dos irmãos Batista e nas empresas deles. Tanto a J&F quanto a Eldorado Celulose foram alvo da Operação Greenfield.
A J&F divulgou nota afirmando que a empresa e seus executivos colaboram com as investigações da Polícia Federal e estão à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.
Na nota, a empresa afirma que os investimentos feitos pela Petros e Funcef na Eldorado foram de R$ 550 milhões no ano de 2009. “De acordo com o último laudo independente (Deloitte) emitido em dezembro de 2015, a participação dos fundos atualizada é de R$ 3 bilhões, ou seja 6 vezes o valor investido inicialmente”, alega a J&F.
09 de setembro de 2016
Deu no Estadão
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