"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

DIFICULDADES PARA AS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E DA CLT

Charge do Miguel, reprodução do Jornal do Comércio/PE


Mesmo revendo antigas hesitações e perplexidades, o presidente Michel Temer decidiu encaminhar o projeto de reforma da Previdência Social ao Congresso antes das eleições municipais de outubro. Ponto para ele, ainda que por cautela devemos aguardar o texto, daqui até 2 de outubro.

Em paralelo, movimentam-se as centrais sindicais e os grandes sindicatos na tentativa de barrar a iniciativa, ao menos naquilo em que a reforma suprimirá direitos e tornará mais difícil a vida de quem estiver para se aposentar.

Insistem ministros mais próximos do presidente Temer que direitos adquiridos serão respeitados e que as novas regras valerão apenas para quem não alcançou 50 anos de idade. Mesmo assim, é bom tomar cuidado, porque o sentimento de agradar as elites, até porque os governantes fazem parte delas, continua a ser o mesmo na atual gestão.

NO CONGRESSO – As dificuldades para cumprir a promessa só aparecerão quando as chamadas reformas chegarem ao Congresso. Junto com as mudanças na Previdência Social virá a reforma trabalhista, também com sérias restrições por parte das organizações sociais.

Mas as atenções gerais estão voltadas para a próxima segunda-feira, quando a Câmara dos Deputados julgará o ex-presidente da casa, Eduardo Cunha, processado por ofensa ao decoro parlamentar. São necessários 257 votos, sobre 511 deputados. Mesmo previsto para sessão marcada para as 19 horas, há dúvidas sobre a existência de quorum para o julgamento.



09 de setembro de 2016
Carlos Chagas

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