"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

FOLHA DENUNCIA QUE ELISEU PADILHA QUER PROTEGER EMPREITEIROS E POLÍTICOS CORRUPTOS


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Padilha quer demitir Medina Osório para favorecer os corrupto
















O ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha quer a demissão do chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Fábio Medina Osório, que ocupa o cargo desde que o presidente Michel Temer assumiu a interinidade da Presidência da República, em maio. Segundo relatos de integrantes de cúpula do governo, Padilha não concordaria com a tese de acesso da AGU aos inquéritos de políticos envolvidos na Lava Jato e também não gostou das ações da pasta contra as empreiteiras investigadas na operação.
A Folha apurou que a situação de Medina Osório se tornou insustentável depois que ele demitiu um de seus adjuntos Luís Carlos Martins Alves Júnior. O pedido da demissão do chefe da AGU ainda está, no entanto, sob a avaliação da Casa Civil.
Martins Alves, assim como Padilha, defende que a AGU tem que se manter distante dos inquéritos de políticos na operação e focar apenas na defesa do patrimônio público. Já Medina Osório acredita que a medida é importante para embasar futuras ações de ressarcimento e improbidade administrativa.
DESENTENDIMENTO – Outro fato que intensificou a crise teria sido o desentendimento de Medina Osório com a secretaria-geral da área de contencioso da pasta, Grace Mendonça, uma possível candidata ao cargo que ele ocupa.
A demissão do ministro da AGU chegou a ser defendida nesta quinta (8) para o presidente Michel Temer, que ainda não tomou a decisão. Na quarta (7), em entrevista à Folha, o chefe da AGU afirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff é uma “solução irreversível” e não deve ser revista pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A situação de Fábio Medina Osório no governo é considerada “instável” desde a sua nomeação. No começo de junho, sua demissão chegou a ser cogitada pelo Palácio do Planalto. Na época interino, Temer manifestou, em conversas reservadas, insatisfação e irritação com as decisões e o comportamento do ministro.
Procurado, Medina Osório não atendeu as ligações.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Tradução simultânea: a matéria “plantada” na Folha, citando Eliseu Padilha, não foi feita em Brasília, mas em São Paulo, a milhares de quilômetros, publicada justamente no dia em que Medina Osório conseguiu uma façanha no Supremo – a autorização para Temer demitir o presidente da EBC, Ricardo Melo, nomeado por Dilma Rousseff uma semana antes de ser afastada do cargo. A reportagem da Folha revela que Padilha estaria protegendo empreiteiros e políticos corruptos. Mas o texto, que repete notícias velhas e ultrapassadas, acaba desmentindo as próprias informações. No título, diz que “Ministro da Casa Civil pede demissão de chefe da AGU”, mas depois ressalva que “o pedido da demissão do chefe da AGU ainda está, no entanto, sob a avaliação da Casa Civil”. Na matéria, não há qualquer fato concreto, apenas especulações.  Em um Ministério que já teve de se livrar de Romero Jucá e Henrique Eduardo Alves, mas continua integrado por cinco personagens citados ou investigados na Lava Jato ou em outros inquéritos criminais, sem falar em filhos de caciques políticos altamente enlameados, o fato concreto é que a participação de um jurista consagrado como Medina Osório, maior especialista brasileiro em leis sobre improbidade administrativa, significa hoje uma espécie de habeas corpus preventivo para o governo, a demonstrar que o presidente Temer realmente está a favor da Lava Jato e não pretende boicotá-la. Vamos aguardar os acontecimentos. (C.N.)


09 de setembro de 2016
Bela Megale e Thais Arbex
Folha

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