A hesitação do presidente Michel Temer em mandar para o Congresso a proposta de reforma da Previdência Social, se antes ou depois das eleições de outubro, revela que nada mudou. Tudo igual debaixo do sol. É grande o número de líderes dos partidos da base oficial sugerindo e até exigindo que o governo deixe para depois das eleições o elenco de maldades previdenciárias, capaz de desagradar meio mundo.Concordam com o aumento do tempo para aposentadorias, mas temem perder votos na escolha de vereadores e prefeitos. Após as eleições, para eles, tudo bem.
De novo, tentam enganar a população. Quantas vezes a classe política aplicou essa vigarice no país? Perdeu-se a conta, desde o governo José Sarney.
A mesma coisa acontece agora. O presidente Michel Temer chegou da China, ainda sem decidir se cumpre logo a promessa ligada a seus planos de recuperação nacional ou se, matreiramente, deixa passar as eleições.
CANDIDATO – Pensam que o povo é bobo. A simples delonga na materialização de medidas amargas faz cair a máscara do novo governo. Até o ministro Henrique Meirelles abre mão de exigir o envio imediato da reforma da previdência ao Congresso. Deve ser mesmo candidato.
Não se exige a aprovação das mudanças antes de outubro. Seria impossível que deputados e senadores discutissem e votassem em pouco tempo alterações radicais nas aposentadorias. Mas, ao menos, uma definição caracterizaria as intenções do governo. Empurrando com a barriga suas obrigações mais profundas, o presidente Michel Temer dá o tom de como governará até o final de seu mandato. Nada de novo debaixo do sol…
08 de setembro de 2016
Carlos Chagas
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