Membro do partido responsável pela era mais corrupta do País, Jorge Viana tenta dar lição de moral
Mergulhado em um oceano de escândalos de corrupção, o PT insiste em atropelar a linha do tempo para tentar evitar o pior: o fim da legenda. Nesse movimento marcado por desespero e sandices, há quem ouse desafiar a lógica e aplicar lições de moral. Imagine, caro leitor, deparar-se com alguém como o senador Jorge Viana, do PT do Acre, querendo passar uma carraspana na classe política, mesmo sabendo que seu partido é uma organização criminosa com todas as letras, como disse o tucano Aécio Neves (MG).
Defensor ferrenho do partido que não apenas deu guarida ao Petrolão, mas foi protagonista do maior escândalo de corrupção de todos os tempos, Jorge Viana ocupou a tribuna do Senado Federal na tarde desta terça-feira (26) para discurso desconexo e ousado. Disse o petista que a política “é uma das atividades mais nobres que conheço, quando feito (sic) com honradez, com honestidade, com bons propósitos, com sonho, com ideologia.”
O PT é responsável pelo período mais corrupto da história brasileira, mas Viana comete o abuso de dar lição de moral, como se o seu partido fosse uma reunião de benevolentes monges tibetanos. Jorge Viana deveria se contentar com a própria insignificância, algo comprovado pela penúria enfrentada pelo povo acreano, mas, ao contrário, o senador petista insistiu em sua fala descabida e arrogante, dando a entender que a “companheirada” aceita fazer um mea culpa desde que todos os partidos sejam levados de roldão. Como sempre afirma o UCHO.INFO, política é negócio e como tal exige muito dinheiro. Portanto, não há nesse universo um inocente sequer.
Mesmo assim, Jorge Viana avançou e, a partir da tribuna, disparou: “Lamentavelmente, o nosso País vive momento de quase desmoralização da atividade política”. O senador acreano precisa compreender que o uso da palavra quase foi indevido, pois a desmoralização da classe política é uma realidade plena e sem direito a retorno, pelo menos nesse momento.
Há algumas semanas, um deputado federal pelo PT conversou com o editor do site admitiu que o partido se excedeu na roubalheira, não sem antes reconhecer que reverter o quadro atual é quase impossível. Tanto é assim, que recentemente os ex-ministros Guido Mantega e Alexandre Padilha foram hostilizados em restaurantes da capital paulista. O UCHO.INFO é contra esse tipo de manifestação, mas a realidade enfrentada pelos políticos não pode ser mascarada.
Não contente e fazendo jus ao tempo que lhe foi concedido diante do microfone, Viana avançou: “Passa a eleição e, quem ganha, ganha sob suspeição, e quem perde, acha que perdeu porque houve fraude. E a eleição não tem fim. São judicializadas, quem ganha, assume, depois, é cassado, e a população, os eleitores que são a essência, a base da democracia representativa ficam em dúvida se valeu a pena participar do processo eleitoral.”
O Brasil ainda é uma democracia e a Constituição Federal garante de forma cristalina e inconteste que “é livre a manifestação do pensamento, desde que vedado o anonimato”. De tal modo, Jorge Viana pode falar o que quiser, mas precisa reconhecer que a única vantagem de participar de uma eleição, pelo menos agora, é ter o direito de enfrentar um partido que faz inveja às atividades criminosas de Don Vito Andolini Corleone, personagem fictício do romance “O Poderoso Chefão”, do escritor Mario Puzo, e vivido com primor nas telas do cinema pelo irrepreensível e talentoso Marlon Brando, sob a direção de Francis Ford Coppola.
Contudo, qualquer abuso discursivo é pouco para Jorge Viana, que não satisfeito com o besteirol que despejou sobre o plenário do Senado emendou com frase do presidente nacional do seu partido, o arrogante e falso dissimulado Rui Falcão. “O PT precisa mudar para seguir mudando o Brasil.” Ou seja, os petistas querem continuar empurrando o Brasil na direção da vala da ruína, enquanto dois terços da população sonham com o fim da legenda. Em suma, ou os brasileiros de bem tomam a rédea da situação, ou o último a sair apaga a luz. E PT saudações!
26 de maio de 2015
ucho.info
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