"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 18 de janeiro de 2014

O PICADEIRO DO GRANDE CIRCO CHAMADO BRASIL...

          Os três companheiros se merecem


                                      PUBLICADO EM 10 DE AGOSTO DE 2009




“Gostaria de tratar o senhor José Sarney com elegância e respeito, mas não posso, porque estou falando com um irresponsável, um omisso, um desastrado, um fraco. Sempre foi um político de segunda classe, nunca teve uma atitude de coragem. (Fernando Collor, na campanha de 1989, sobre o então presidente da República).
 
“Sei que o presidente Lula e o presidente Sarney apoiaram o meu impeachment, mas mesmo assim não desejo que sofram o mesmo. Não desejo que sejam alcançados por injúrias, calúnias, mentiras”. (Collor, hoje, em discurso no Senado).
 
“O Brasil é testemunha da brutalidade, da violência, do desatino com que fui agredido por um candidato profundamente transtornado”. (José Sarney sobre Collor, na campanha de 1989).

“Sou profundamente grato ao senador Collor. Ele tem sido bastante leal a mim”. (Sarney, hoje, no Senado).

“O outro candidato defende abertamente a luta armada, a invasão de casas e apartamentos. Lula é um cambalacheiro”. (Collor, 1989).

“Nenhum ataque ao presidente Sarney e ao presidente Lula ficará sem resposta”. (Collor, na semana passada).

“Pena que esse moço seja tão corrupto”.  (Lula sobre Collor, 1993).

“O senador Fernando Collor tem tudo para fazer um grande mandato”. (Lula, 2007).

“Não sou eu quem diz que Lula quis forçar o aborto. Quem diz é Miriam Cordeiro, mãe da Lurian”. (Collor, 1989).

“Tive de suportar denúncias terrivelmente levianas. Sofri e muito, arrancaram-me o mandato, levaram-me a mãe, dispersaram minha família“. (Collor, hoje).

“Nós sabemos que antigamente se dizia que o Adhemar de Barros era ladrão, que o Maluf era ladrão. Poderiam ser ladrões, mas eles são trombadinhas perto do grande ladrão que é o governante da Nova República”. (Lula sobre Sarney, em 1987, num discurso em Aracaju).

“O presidente Sarney não pode ser tratado como uma pessoa comum. Ele tem biografia”. (Lula, no mês passado).

“A multidão e a sua vontade nem sempre ou quase nunca tem razão”. (Collor, hoje).


O resgate desse punhado de frases ensina que não se deve comprar uma bicicleta usada de nenhum deles, mesmo por R$ 1,99. Mas comparar o que disseram outro dia ao que dizem agora também ajuda a seguir resistindo. Um país que sobreviveu a uma trinca dessas sobrevive a tudo.

18 de janeiro de 2014
in Augusto Nunes, Veja

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