"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 18 de janeiro de 2014

COMEÇA A CORRIDA ELEITORAL PELO CARGO DE PRESIDENTE DA FIFA

Briga pelo cargo máximo da entidade que comando o futebol deve ser polarizada entre Joseph Blatter e Jerome Champagne
Começa a corrida para as eleições presidenciais na Fifa, no auge de sua fortuna e controlando o maior evento esportivo do mundo. Na próxima segunda-feira, o francês Jerome Champagne deve anunciar sua candidatura para o cargo que é hoje comandado por Joseph Blatter e promete uma "reforma" na entidade para torná-la mais democrática e "menos aristocrata".
Blatter deve concorrar ao quinto mandato na Fifa - JF Diorio/Estadão
JF Diorio/Estadão
Blatter deve concorrar ao quinto mandato na Fifa
 
A eleição está marcada para ocorrer apenas em 2015. Mas com a Fifa movimentando mais de US$ 4 bilhões em eventos e sentada em um fundo de mais de US$ 1 bilhão, a corrida pelo poder no futebol promete ser intensa. Outro possível candidato deve ser o também francês Michel Platini, atual presidente da Uefa. Blatter indicou que, até a Copa do Mundo, anunciará se ele também irá concorrer a um quinto mandato.
Mas o primeiro a se lançar no circuito é Champagne, que entre 2002 e 2005 trabalhou ao lado de Blatter na Fifa. Com 55 anos, o diplomata que chegou a servir na embaixada da França em Brasília e fala um português quase perfeito deixou a Fifa em 2010. Desde então, tem atuado como consultor em regiões polêmicas como Kosovo, Palestina e Chipre.
O candidato tem um percurso radicalmente diferente dos cartolas tradicionais. Estudou ciências políticas e entrou para a diplomacia francesa nos anos 80. Seria na Copa de 1994 nos EUA que ele passaria a ter contato com o mundo do futebol. Três anos depois, ele deixaria o governo para trabalhar na organização da Copa de 98, na França. Não demoraria para que ele entrasse na Fifa e passasse a trabalhar como vice-secretário-geral. 
CRISE
Em 2012, Champagne publicaria um documento de 25 páginas propondo uma série de reformas no futebol mundial, o que fez muitos acreditarem que ele seria candidato. "Que Fifa queremos no Século XXI" fazia uma radiografia do futebol mundial.
"O futebol está enfrentando uma crise severa, causada pelo ambiente e por seus próprios erros", alertou. Ele defende uma reforma do "mito do presidente todo-poderoso" e acusou a estrutura da Fifa de ser uma "herança da visão da aristocracia britânica". Para ele, a composição do Comitê Executivo da Fifa abriu caminho para "barganhas" e "compromissos submetidos a interesses políticos de pessoas e administradores, em detrimento de uma visão coletiva e mesmo da Fifa". 
18 de janeiro de 2014
 
Jamil Chade - O Estado de S. Paulo

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