Para promotor, cessão de terreno em São Paulo fere interesse público; ex-prefeito Kassab diz que processo foi legal
Ministério Público afirma que destinação de local para instalação de museu configura um privilégio ilegal
O Ministério Público pediu à Justiça a anulação da cessão de um terreno municipal para a instalação de um museu sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A área de 4.300 m² na rua dos Protestantes, no centro da capital, foi destinada à criação do memorial sobre o ex-presidente em 2012, na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), mas ainda não foi iniciada a construção.
Segundo a ação civil pública protocolada ontem pelos promotores Valter Foleto Santin e Nelson Luís Sampaio de Andrade, a cessão do terreno configura um privilégio ilegal ao líder petista.
"Nesse espaço ocorrerá a divulgação da imagem do ex-presidente Lula, que ainda está em intensa atuação política", afirmou Santin.
De acordo com o promotor, a destinação da área para o memorial fere o interesse público, pois faltam espaços no município para a instalação de estabelecimentos como escolas e creches.
Com recursos privados, já foram abertos na capital dois espaços do Instituto Lula.
Os locais são usados por Lula para reuniões com políticos, além de reunir acervo sobre o ex-presidente.
Segundo o Instituto Lula, o museu não será exclusivamente sobre o ex-presidente, mas mostrará a história da luta pela democracia no Brasil. O instituto não comenta o caso, pois não teve acesso ao pedido feito pela Promotoria.
Já a assessoria de Kassab informou que o processo de cessão foi legal e referendado pela Câmara Municipal.
18 de janeiro de 2014
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