"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 19 de outubro de 2013

SUPERFATURADA NOS CUSTOS E NAS MENTIRAS, TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO PROMETIDA POR LULA PARA 2012 AVANÇA SÓ 1% COM DILMA

             Sabe Deus quando ficará pronta!!!
 
 
 
O primeiro canal da transposição do rio São Francisco, que inicialmente seria inaugurado pelo ex-presidente Lula em 2010, avançou apenas 1% no último ano e não ficará pronto até o fim do governo Dilma Rousseff. O chamado eixo leste da transposição, iniciado por Lula em 2007 e que corta Pernambuco e Paraíba, somente deverá ficar pronto em dezembro de 2015, segundo a previsão oficial do governo.
 
Assim, se as obras de fato avançarem, caberá ao próximo presidente eleito cortar a fita dos dois canais que o governo promete levar água a 12 milhões de habitantes de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Além do eixo leste, há o eixo norte, que cruza Pernambuco, Ceará e Paraíba, cuja entrega também está prevista para o final de 2015.
 
Um dos carros-chefes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine de Dilma na campanha presidencial de 2010, a transposição do São Francisco deve ser um dos temas da disputa eleitoral do ano que vem.
 
PSB
 
Além de centralizar o discurso do Planalto nos investimentos no combate aos efeitos da seca nordestina, a maior em cinco décadas, a obra é de responsabilidade do Ministério da Integração Nacional, comandado até o início do mês pelo PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência em 2014. Com a decisão de entregar os cargos no governo federal, o ex-ministro da Integração Fernando Bezerra (PSB) saiu da pasta para se dedicar à candidatura de Campos ao Planalto. O próprio Bezerra, por sua vez, quer disputar o governo de Pernambuco.
 
Outro presidenciável, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), já colocou a obra na disputa pelo Planalto. Em setembro, o tucano foi à região do São Francisco, caminhou em trechos paralisados da obra e abordou o atraso em gravações do programa de seu partido. Disse, na ocasião, que Dilma deixará um "cemitério de obras inacabadas" como legado. Procurado ontem, o Ministério da Integração Nacional atribui a lentidão ao tempo usado para licitar novamente as obras e liberar recursos (leia texto nesta página).
 
CRONOGRAMA
 
Até novembro de 2012, o governo federal prometia os 217 km do eixo leste da transposição para dezembro de 2014, com percentual de execução à época em 51%. No entanto, balanços do PAC divulgados ao longo deste ano mostram que o percentual não saiu da marca de 52% desde fevereiro. Apesar da estagnação, o Ministério do Planejamento, responsável pelos balanços, avaliou que o ritmo das obras passou do estágio de "atenção" para "adequado".
 
Entre fevereiro e outubro, o outro braço da transposição, o eixo norte, saiu de 34% para 43% de execução. Quando a obra foi lançada, há seis anos, após uma série de embates de políticos e entidades contrárias à transposição, o então presidente Lula prometia o primeiro trecho (o leste) para 2010. Toda a transposição ficaria pronta em 2012 por R$ 4,6 bilhões.
 
Alguns trechos foram licitados de novo. Agora, pelo atual cronograma, a obra só deverá ficar pronta em 31 de dezembro de 2015, num custo total de R$ 8,2 bilhões. Até o final do ano eleitoral de 2014, o governo terá gasto R$ 7,7 bilhões desde o início das obras. Depois de 2014, ainda há previsão de gastar outros R$ 561 milhões.
 
(Folha de São Paulo)

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