"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

NA RENOVAÇÃO POLÍTICA, O PROBLEMA É QUE OS INDIFERENTES SEMPRE PERMANECERÃO... INDIFERENTES


As renovações políticas, segundo a História, nunca foram feitas com conversas. Os grandes navegadores tiveram, sempre, que enfrentar grandes tempestades.
De nada adianta dizer que “a violência deve ser evitada” etc. Seria ótimo, pregar a paz e obter a paz. Mas historicamente isso não funciona desta forma.
 
Aí está o Papa Francisco, quase que de joelhos, implorando o fim do Deus Dinheiro, rebelando-se contra a Globalização da Indiferença etc. Mas os indiferentes… permanecerão indiferentes, pouco se importando com o destino dos menos favorecidos, cuja missão é trabalhar para enriquecer os “poderosos”.
 
O mundo capitalista é governado por quadrilhas sanguinárias, totalmente insensíveis aos reclamos dos povos. Ficou faltando alguém perguntar: “Onde, em qual país existe a tal democracia?; Onde, em qual país, existe o livre mercado?; Onde, em qual país, existem os direitos humanos?; Onde, em qual país, as eleições são livres e os povos manifestam-se sem a (fortíssima) interferência de poderosos e decisivos grupos financeiros?”
 
Aí estão os crimes revelados por Jimmy Carter, por Edward Snowden e pelas confissões da Siemens (que atua em todo o mundo)… E os terroristas, denunciados inapelavelmente, estão em toda a parte mascarados e infiltrados, produzindo a sensação de que o “povo é que decide tudo”, quando não decide nada. É apenas massa de manobra, desde sempre.
 
Meu tão querido e saudoso amigo João Saldanha costumava dizer: “Não tenham pressa: vocês têm duzentos anos para responder”. Na verdade, isso só muda com uma gigantesca “Rebelião das Massas”, como escreveu Ortega y Gasset.

23 de agosto de 2013
Almério Nunes

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