É evidente que o pedido será arquivado, porque o governador conta com ampla maioria na Assembléia Legislativa. Mas considero politicamente necessária tal iniciativa. Na minha opinião, o “governo” Cabral é o mais corrupto da história do RJ.
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O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) protocolou na terça-feira (20), na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), um pedido de impeachment contra o governador Sérgio Cabral (PMDB).
Freixo entrou com o requerimento baseado em uma reportagem publicada neste final de semana na revista “Veja”, que aponta vultoso crescimento do patrimônio da mulher do governador, Adriana Ancelmo, após a ascensão de Cabral ao Executivo.
De acordo com a reportagem, o escritório Coelho&Ancelmo Advogados saltou de três profissionais e 500 ações, em 2006, para 20 advogados e 10 mil ações em 2012.
A partir da posse de Cabral, o escritório da primeira-dama passou a contar em sua cartela de clientes com a Supervia e o MetrôRio, concessionárias de serviços públicos.
Ainda segundo ‘Veja’, Adriana tem rendimentos mensais de R$ 184 mil por sua participação no escritório. O salário do governador é de R$ 20,6 mil, quase dez vezes menor.
“Isso é um escândalo. Não pode ser tratado como uma questão privada, é uma questão pública a partir do momento que há um claro favorecimento da primeira-dama em contratos do escritório de advocacia vinculados ao governo cujo marido é o governador.
Há um favorecimento direto do governador como membro de uma unidade econômica que é a família”, disse Freixo. “É um crescimento desproporcional que nenhum outro escritório de advocacia teve.”
Para o deputado, a relação dos negócios de Adriana Ancelmo, seu papel como primeira-dama e a participação no governo não são transparentes e carecem de investigação.
“O metrô contratou o escritório dela pra questões trabalhistas sendo que o escritório não tem essa especialidade. É uma relação entre público e privado que tem que ser investigada.
A partir do momento que a primeira dama representa o governador num evento no Tribunal de Justiça, a partir do momento que a primeira dama ocupou cargo público independente de ser remunerado ou não, essa relação está evidente”, disse.
23 de agosto de 2013
Mário Assis
Carolina Farias e Felipe Martins
(UOL)
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