APOLOGIA À CORRUPÇÃO

Presidente da CUT: Delúbio e Dirceu "iluminam a militância petista".

 

Presidente da CUT: Delúbio e Dirceu 'iluminam a militância petista'.  Em evento de aniversário de 30 anos da central sindical, quatro cadeiras separaram Lula de Dirceu

 

Em um evento com a presença de José Dirceu e Delúbio Soares, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, afirmou que os dois petistas condenados no julgamento do mensalão "iluminam a militância petista". Na cerimônia de aniversário de 30 anos da entidade sindical, o dirigente disse que os dois políticos "não têm medo de fazer política e de sair na rua de cabeça erguida".

 
- Eu queria cumprimentar dois companheiros que iluminam a militância petista, não tem medo de fazer política, de sair na rua com a cabeça erguida e dizer: "Nós mudamos o Brasil". José Dirceu e Delúbio Soares, é um orgulho enorme que temos de vocês - disse.
 
No evento, o ex-ministro da Casa Civil sentou-se ao lado da ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. O petista ficou a apenas quatro cadeiras de distância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi cumprimentado, ao microfone, por mais de uma autoridade.
 
Na ala destinada às autoridades, a maioria das cadeiras ficou vaga. Um vídeo com a presidente Dilma Rousseff foi exibido, no qual ela lembrou da trajetória da entidade sindical e a parabenizou pelo aniversário de 30 anos. O presidente nacional da entidade sindical avaliou que, mesmo após dez anos de governo petista, os trabalhadores ainda não chegaram ao poder no país e criticou a base aliada do governo federal.
 
Segundo ele, por ser formada em sua maioria por empresários, a base aliada impede que muitos projetos de interesse da classe trabalhadora sejam colocados em pauta. Para ele, o PMDB, aliado preferencial do PT no governo federal, faz parte da ala conservadora no Congresso Nacional.
 
- O projeto que construímos pode ter chegado ao governo federal, mas está longe dos trabalhadores chegarem ao poder. (...) O governo é de coalizão, mas, em nome da governabilidade, muitas vezes nossos projetos não são colocados - criticou.

29 de agosto de 2013
Gustavo Uribe - O Globo