"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MUITO CUIDADO!

Líder do PPS na Câmara comete um equívoco ao criticar a manutenção do mandato de Natan Donadon

Um dos mais atuantes integrantes da oposição, o deputado federal Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara, cometeu um equívoco ao externar sua indignação diante da decisão da Casa de manter o mandato de Natan Donadon, condenado a treze anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por peculato e formação de quadrilha.

Na noite de quarta-feira (28), ainda no plenário da Câmara, Bueno pediu a palavra e disse que parlamentares condenados com pena de prisão em regime fechado devem perder imediatamente o mandato.

Não, qualquer parlamentar condenado deve perder o mandato, independentemente da pena imposta pela Justiça. Se o povo brasileiro não cobrar diuturnamente doses mínimas de moralidade na coisa pública, o Brasil continuará sendo uma capitania hereditária comandada por bandidos profissionais e do colarinho branco.


A declaração de Rubens Bueno dá a entender que os parlamentares condenados na Ação Penal 470 (Mensalão do PT) poderão exercer o mandato desde que a pena restritiva de liberdade não deva ser cumprida em regime fechado. É o caso do deputado petista José Genoino, condenado a seis anos e onze meses por envolvimento no maior escândalo de corrupção da história nacional de que se tem notícia.
É importante lembrar que o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), só suspendeu Natan Donadon porque ele, cumprindo pena no presídio da Papuda, em Brasília, não tem condições de dar seguimento às atividades parlamentares.
Pudesse a pena imposta a Donadon ser cumprida no regime semiaberto, por certo a Alves não tomaria tal decisão.

Qualquer tentativa de manter no exercício do mandato um parlamentar condenado é um atentado contra a Lei da Ficha Limpa. No momento em que a sociedade clama por mudanças, começando pelo fim da corrupção, a decisão da Câmara dos Deputados apenas materializou a leniência da sociedade em relação às coisas da política.

29 de agosto de 2013
ucho.info

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