"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O PASSADO DO FRACASSO OU O FUTURO DA FRUSTRAÇÃO?


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Charge sem autoria (Arquivo Google)
Destinam-se ao fracasso a greve geral marcada  pelas centrais sindicais no próximo dia 28 e a manifestação em favor do Lula, que o PT pretende realizar em Curitiba a 3 de maio. Não que os trabalhadores estejam satisfeitos com o governo Michel Temer, muito pelo contrário. Da mesma forma, os companheiros sabem que seu partido anda na baixa e dificilmente sensibilizarão a capital do Paraná numa quarta-feira.
Pode até ser que os fatos desmintam as previsões, mas a verdade é que o Brasil de verdade faz tempo desligou-se do Brasil de mentirinha. Os 13 milhões de desempregados não podem fazer greve, enquanto ao PT, posto em frangalhos, falta motivação para antecipar a sucessão presidencial de 2018.
Mais do que indignar-se diante das delações que se sucedem todos os dias, o povão dedica profundo desprezo às informações sobre a corrupção que nos assola. Não parece disposto a se deixar influenciar pelos que sustentam a volta ao passado ou os que programam um futuro ainda pior.
Numa palavra, a nação rejeita as reformas fajutas do governo Michel Temer tanto quanto dá as costas aos que falharam na tentativa de mudá-la. O povão não irá às ruas, nem para exaltar o modelo que não deu certo, nem para apoiar as elites que pretendem aumentar seus privilégios e suas benesses.
Vale repetir, a vida é sempre mais fascinante do que a ficção: quem garante que não prevalecerá o passado do fracasso ou o futuro da frustração? Ou, numa terceira hipótese, que continuará tudo como está?

24 de abril de 2017
postado por m.americo

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