Em referendo realizado na quinta-feira, os britânicos escolheram deixar o bloco. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, se encontrou no começo da tarde desta sexta-feira com a rainha Elizabeth depois de anunciar que em outubro deixará o cargo em razão do resultado do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. A reunião dos dois foi confirmada por um porta-voz da rainha.
A revista britânica The Economist qualificou como uma “trágica separação” a vitória do Brexit no referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE.
“Quão rapidamente o impensável se torna irreversível. Um ano atrás, poucas pessoas imaginavam que legiões de britânicos que amam se queixar sobre os bobos regulamentos União Europeia, orçamentos inchados e burocratas pomposos iriam, de fato, votar para deixar o clube de países que compram quase metade das exportações da Grã-Bretanha”, diz a revista.
“Ainda assim, já nas primeiras horas deste 24 de junho, estava claro que os eleitores ignoraram os avisos de economistas, aliados e de seu próprio governo e, depois de mais quatro década na UE, deram um largo passo em direção ao desconhecido”, destaca The Economist.
ALEMANHA REAGE – “A União Europeia (UE) é forte o suficiente para encontrar as respostas certas” para a decisão dos britânicos de deixar o bloco comunitário, afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel.
Merkel afirmou que a Alemanha tem um “interesse especial” e uma “responsabilidade especial” EM que a unidade europeia seja mantida. Ela afirmou ainda que convidou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, para uma reunião em Berlim, na segunda-feira, antes de um encontro previamente agendado da UE.
A líder alemã disse ainda que não devem ser tomadas “conclusões rápidas e simples” pelo resultado do referendo e manifestou “grande pesar” pela decisão dos britânicos. Ela afirmou também que até que todas as negociações estejam concluídas, os dois lados mantém “todas suas obrigações e todos os seus direitos”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A Grã-Bretanha passa a ter tratamento fiscal de país não-membro da União Europeia, o que vai afetar suas exportações para o bloco. O fato é que, por causa do medo da imigração, o Reino Unido decidiu colocar em risco sua estabilidade econômica. O premier Cameron tem razão em renunciar, pois quem deve segurar essa crise são os irresponsáveis adeptos da saída da UE. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A Grã-Bretanha passa a ter tratamento fiscal de país não-membro da União Europeia, o que vai afetar suas exportações para o bloco. O fato é que, por causa do medo da imigração, o Reino Unido decidiu colocar em risco sua estabilidade econômica. O premier Cameron tem razão em renunciar, pois quem deve segurar essa crise são os irresponsáveis adeptos da saída da UE. (C.N.)
25 de junho de 2016
Deu no Estadão
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