A justificativa é para o magistério não influenciar a opinião dos jovens, quaisquer que sejam. Uma forma de não favorecer partidos políticos e ideologias variadas.
Tamanha ignorância raras vezes é registrada, mas o projeto faz parte das reformas pretendidas pelo governo Michel Temer, junto com a supressão de direitos trabalhistas, a redução salarial, a prevalência do negociado sobre o legislado e outras agressões aos direitos sociais.
O pior é que tamanha insensatez entra na corrente do retrocesso anunciada antes mesmo da degola da presidente Dilma Rousseff e da ascensão de seu vice-presidente ao poder, uma espécie de ensaio geral para o retorno do neoliberalismo.
Até agora todas essas propostas vem sendo aprovadas pela maioria parlamentar que respalda a nova ordem. É o desmonte do estado social que, apesar do fracasso do modelo implantado pelo PT, ainda mantinha certas conquistas que vinham funcionando desde os tempos de Getúlio Vargas. Triste é não haver reação da parte das forças ditas progressistas. As centrais sindicais permanecem em silêncio, de braços cruzados. Escafederam-se os partidos que um dia defenderam mais direitos para a população, inclusive o maior de todos, de debater seu próprio destino.
25 de junho de 2016
Carlos Chagas
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