O Tribunal de Contas da União deu trinta dias de prazo para a presidente Dilma Rousseff se explicar sobre treze pontos relativos à prestação de contas do último exercício. Analistas políticos dizem que o TCU assim agiu em nome da estabilidade – política ou institucional. Ou, como dizem outros, para evitar jogar gasolina na fogueira onde arde a incompetência, a corrupção e os desmandos do atual governo.
Há que se perguntar: estabilizar o que e por que? O Brasil vive a sua mais profunda crise moral dos tempos modernos. Os escândalos pipocam diariamente nos jornais. O famoso mar de lama da era getulista é uma mera poça de água suja perto do que vemos nos dias atuais. Nunca se roubou tanto, se dilapidou tanto, se lesou tanto a pátria brasileira. A incompetência e a mentira atingem níveis jamais vistos.
A presidente Dilma cometeu claro estelionato eleitoral. Tudo que prometeu em campanha foi solenemente ignorado. As frases desconexas e sem sentido que saem de sua boca são motivo de piada para onde quer que você olhe. Nem aparecer em público ela pode: corre o risco de ser vaiada, execrada ou humilhada. Para dar uma entrevista sem ser confrontada com seus erros tem que recorrer a “talk show” de início de madrugada de um apresentador em final de carreira que nada mais tem a acrescentar ao espectador.
Dilma e o PT dizem que são defensores da democracia. Mas, batem palmas e apoiam financeiramente regimes como o de Maduro na Venezuela. E apoiam usando o nosso dinheiro. Esse mesmo regime é aquele que incentivou seus partidários a irem para as ruas e hostilizarem a comitiva de senadores brasileiros essa semana. E Dilma bate palmas. E deixou implícito que não se importava com o destino da comitiva brasileira, ao determinar que o Itamaraty não acompanhasse o grupo de parlamentares nem lhe prestasse apoio. Aloysio Nunes, na tribuna do Senado Federal no dia 19/06, se perguntava como o comportamento da presidente havia mudado tanto do tempo em que ela era “perseguida política” para os dias atuais. Fazia tal referência, tendo como parâmetro ele mesmo, que, estando fora do Brasil acolhia de bom grado missões parlamentares democratas de outros países que demonstravam solidariedade aos “exilados” políticos. Na verdade, prezado Senador Aloysio Nunes, Dilma não mudou absolutamente nada. Ela continua a mesma: jamais defendeu a democracia ou a liberdade. Sempre quis a ditadura do proletariado. Causa estranheza é que o ilustre parlamentar tenha se “esquecido” disso.
Aliás, na mesma linha, Dilma aplaude também o Estado Islâmico, aquele cujos integrantes, tem o singelo passatempo de cortar todas as cabeças que podem, de preferência em público e com filmagem em HD para depois exibir em redes sociais. Quando dois traficantes brasileiros estavam para serem executados legalmente pelo governo da Indonésia, a presidente Dilma tentou exercer pressão para que os dois fossem poupados. Mas, e os milhares que são executados por aqui, vítimas da violência, da falta de saúde pública, do descaso, da omissão? Nem sequer uma palavra foi pronunciada.
Impressionante observar que mesmo diante da imensa crise pela qual passamos e o famoso ajuste fiscal sendo implementado, Dilma nada faz para diminuir a própria gastança ou dos outros poderes da República. Tem tantos ministros que já confessou que nem conhece todos. Provavelmente deve desconhecer também suas funções. Triplicou recentemente o fundo partidário. Mas, cortou direitos daqueles que pretendem se aposentar. Aliás, sobre a questão da aposentadoria, quase fiquei apoplético há poucos dias, quando um “especialista” em entrevista em famoso canal de televisão defendia um corte maior sobre os direitos dos trabalhadores que recebem mais do que um mísero salário mínimo de benefício, justificando que eles são minoria, mas, que pesam mais para os cofres da previdência. E eu pergunto: e na hora de contribuir, essa minoria pagava o mesmo que a maioria? É claro que não. E o que é pior: a política cruel do governo em relação à aposentadoria esmaga o poder aquisitivo do benefício ao longo dos anos. Quem se aposentou há cinco anos ganhando quatro salários mínimos hoje recebe dois, ou menos. Você sabe disso, eu sei disso, qualquer aposentado sabe disso.
Em pouco tempo, Dilma estará gastando mais tempo se escondendo dos brasileiros ou se explicando judicialmente por seus erros, ações e omissões (que eventualmente podem caracterizar ilícitos penais) do que governando. O Brasil está descendo a ladeira e não parece haver freio. O desastre parece certo. Pergunto então: qual é a estabilidade com a qual se está preocupando o TCU? A quem ela serve? Ao povo? Claro que não. Ao povo, afundado em uma crise para o qual não contribuiu e da qual se esforça para não soçobrar, resta apenas a esperança de que dias melhores poderão vir. Dado o altíssimo grau de aparelhamento do estado brasileiro pelo PT é de se estranhar que o TCU tenha sequer cogitado reprovar as contas da presidente. A explicação está no histórico do responsável pelo relatório que será levado a votação: Ministro Augusto Nardes, que tomou posse em 2005, ou seja, quando o PT ainda se preocupava em dar um aspecto de pluralidade ao Estado Brasileiro. Nos dias atuais, isso não importa mais: o que vale mesmo é a perpetuação no poder.
Na verdade, estabilidade institucional deveria implicar respeito às leis e normas vigentes. Respeito à ética e a moralidade. Respeito ao cidadão que paga seus impostos e deve receber a contrapartida. Não se pode, em homenagem a essa tal estabilidade corroborar o erro, a omissão, a falcatrua e a corrupção. Aliás, já está passando da hora de superarmos essa ideia de que a passividade é uma qualidade inerente ao povo brasileiro que deve ser preservada e cultuada a todo custo. Vitor Hugo já dizia: “uma sociedade de carneiros acaba por gerar um governo de lobos”.
Os lobos estão aí, ocupando os corredores e gabinetes do poder, esbanjando incompetência e consolidando diariamente seu projeto particular de enriquecimento à custa do erário. Eu, pessoalmente, estou cansado de bancar a ovelha. E você?
22 de junho de 2015
Robson Merola de Campos
Há que se perguntar: estabilizar o que e por que? O Brasil vive a sua mais profunda crise moral dos tempos modernos. Os escândalos pipocam diariamente nos jornais. O famoso mar de lama da era getulista é uma mera poça de água suja perto do que vemos nos dias atuais. Nunca se roubou tanto, se dilapidou tanto, se lesou tanto a pátria brasileira. A incompetência e a mentira atingem níveis jamais vistos.
A presidente Dilma cometeu claro estelionato eleitoral. Tudo que prometeu em campanha foi solenemente ignorado. As frases desconexas e sem sentido que saem de sua boca são motivo de piada para onde quer que você olhe. Nem aparecer em público ela pode: corre o risco de ser vaiada, execrada ou humilhada. Para dar uma entrevista sem ser confrontada com seus erros tem que recorrer a “talk show” de início de madrugada de um apresentador em final de carreira que nada mais tem a acrescentar ao espectador.
Dilma e o PT dizem que são defensores da democracia. Mas, batem palmas e apoiam financeiramente regimes como o de Maduro na Venezuela. E apoiam usando o nosso dinheiro. Esse mesmo regime é aquele que incentivou seus partidários a irem para as ruas e hostilizarem a comitiva de senadores brasileiros essa semana. E Dilma bate palmas. E deixou implícito que não se importava com o destino da comitiva brasileira, ao determinar que o Itamaraty não acompanhasse o grupo de parlamentares nem lhe prestasse apoio. Aloysio Nunes, na tribuna do Senado Federal no dia 19/06, se perguntava como o comportamento da presidente havia mudado tanto do tempo em que ela era “perseguida política” para os dias atuais. Fazia tal referência, tendo como parâmetro ele mesmo, que, estando fora do Brasil acolhia de bom grado missões parlamentares democratas de outros países que demonstravam solidariedade aos “exilados” políticos. Na verdade, prezado Senador Aloysio Nunes, Dilma não mudou absolutamente nada. Ela continua a mesma: jamais defendeu a democracia ou a liberdade. Sempre quis a ditadura do proletariado. Causa estranheza é que o ilustre parlamentar tenha se “esquecido” disso.
Aliás, na mesma linha, Dilma aplaude também o Estado Islâmico, aquele cujos integrantes, tem o singelo passatempo de cortar todas as cabeças que podem, de preferência em público e com filmagem em HD para depois exibir em redes sociais. Quando dois traficantes brasileiros estavam para serem executados legalmente pelo governo da Indonésia, a presidente Dilma tentou exercer pressão para que os dois fossem poupados. Mas, e os milhares que são executados por aqui, vítimas da violência, da falta de saúde pública, do descaso, da omissão? Nem sequer uma palavra foi pronunciada.
Impressionante observar que mesmo diante da imensa crise pela qual passamos e o famoso ajuste fiscal sendo implementado, Dilma nada faz para diminuir a própria gastança ou dos outros poderes da República. Tem tantos ministros que já confessou que nem conhece todos. Provavelmente deve desconhecer também suas funções. Triplicou recentemente o fundo partidário. Mas, cortou direitos daqueles que pretendem se aposentar. Aliás, sobre a questão da aposentadoria, quase fiquei apoplético há poucos dias, quando um “especialista” em entrevista em famoso canal de televisão defendia um corte maior sobre os direitos dos trabalhadores que recebem mais do que um mísero salário mínimo de benefício, justificando que eles são minoria, mas, que pesam mais para os cofres da previdência. E eu pergunto: e na hora de contribuir, essa minoria pagava o mesmo que a maioria? É claro que não. E o que é pior: a política cruel do governo em relação à aposentadoria esmaga o poder aquisitivo do benefício ao longo dos anos. Quem se aposentou há cinco anos ganhando quatro salários mínimos hoje recebe dois, ou menos. Você sabe disso, eu sei disso, qualquer aposentado sabe disso.
Em pouco tempo, Dilma estará gastando mais tempo se escondendo dos brasileiros ou se explicando judicialmente por seus erros, ações e omissões (que eventualmente podem caracterizar ilícitos penais) do que governando. O Brasil está descendo a ladeira e não parece haver freio. O desastre parece certo. Pergunto então: qual é a estabilidade com a qual se está preocupando o TCU? A quem ela serve? Ao povo? Claro que não. Ao povo, afundado em uma crise para o qual não contribuiu e da qual se esforça para não soçobrar, resta apenas a esperança de que dias melhores poderão vir. Dado o altíssimo grau de aparelhamento do estado brasileiro pelo PT é de se estranhar que o TCU tenha sequer cogitado reprovar as contas da presidente. A explicação está no histórico do responsável pelo relatório que será levado a votação: Ministro Augusto Nardes, que tomou posse em 2005, ou seja, quando o PT ainda se preocupava em dar um aspecto de pluralidade ao Estado Brasileiro. Nos dias atuais, isso não importa mais: o que vale mesmo é a perpetuação no poder.
Na verdade, estabilidade institucional deveria implicar respeito às leis e normas vigentes. Respeito à ética e a moralidade. Respeito ao cidadão que paga seus impostos e deve receber a contrapartida. Não se pode, em homenagem a essa tal estabilidade corroborar o erro, a omissão, a falcatrua e a corrupção. Aliás, já está passando da hora de superarmos essa ideia de que a passividade é uma qualidade inerente ao povo brasileiro que deve ser preservada e cultuada a todo custo. Vitor Hugo já dizia: “uma sociedade de carneiros acaba por gerar um governo de lobos”.
Os lobos estão aí, ocupando os corredores e gabinetes do poder, esbanjando incompetência e consolidando diariamente seu projeto particular de enriquecimento à custa do erário. Eu, pessoalmente, estou cansado de bancar a ovelha. E você?
22 de junho de 2015
Robson Merola de Campos
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