As medidas excessivamente ortodoxas e de costas para os setores produtivos, aqueles que sustentam de verdade a economia nacional, notadamente os primários, vêm dizimando vagas de emprego e fechando empresas, acabando com fontes de renda e até de arrecadação de tributos. De tudo isso quem ganha? Setores que davam sinais de falta de competitividade estão sendo tragados no vórtice gerado pelas medidas do interventor Joaquim Levy, banqueiro licenciado do Bradesco.
Os maiores bancos em 2015 já anunciam recordes de lucros no semestre mais infeliz da economia nacional dos últimos 20 anos.
Para tratar da doença do paciente, as medidas tomadas tiram a vida do paciente. Que serventia terá asfixiar indústrias e quem produz? Joaquim Levy e sua equipe deverão ficar na história pela aniquilação dos setores primários do país e pela maior onda de desemprego que o Brasil enfrentou.
Muitas atividades serão prejudicadas justamente pela falta de amparo e de cuidados do governo, que agora dobrará as contribuições previdenciárias. Vai significar mais fechamento de empresas e de vagas de emprego para estancar o rombo de R$ 66,5 bilhões a cada ano na Previdência do setor público, que abriga apenas 5% dos aposentados do país. Não se pensa em mudar os erros, mas consertá-los penalizando quem trabalha.
O perfil econômico do Brasil vem perdendo qualidade e valor, fragilizando seus melhores alicerces. Os setores estratégicos para uma economia nacional estão sendo castigados em nome de uma ortodoxia que deveria se aplicar ao setor público marcado de ineficiências e corrupção.
Trocou-se a horta no quintal de casa pelas compras no verdureiro, e se transferiu, assim, o poder das decisões para fora dos domínios domésticos. Momentaneamente interessa para fechar uma conta e transformar a horta numa estéril praça que nunca dará nada. Não precisa de um gênio para entender que a soberania nacional está sendo rifada, e a dependência externa assombrará a nação.
Uma economia continental como é a do Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, atualmente a sétima do planeta, está destinada a despencar proximamente e se afastar do pelotão de frente.
O Brasil se destaca com um quadro absurdo: sétima economia mundial, 85º em desenvolvimento humano e 120º melhor ambiente de negócio. Uma espécie de Frankenstein com dois metros de altura, barriga de hipopótamo e pernas de avestruz. Dessa forma não consegue andar, se movimentar. Sustenta-se essencialmente na abundância a ele concedida pelo Criador: recursos minerais e produtos agrícolas.
Um binômio que manteve o crescimento quando as commodities subiam em disparada, apenas a agricultura hoje segura as contas do grave desequilíbrio.
Enfim, o perfil econômico nacional está sofrendo uma mudança para pior que poderá custar muito caro e por muitos anos.
O comandante e a tripulação estão sem noção disso.
22 de junho de 2015
Vittorio Medioli
Os maiores bancos em 2015 já anunciam recordes de lucros no semestre mais infeliz da economia nacional dos últimos 20 anos.
Para tratar da doença do paciente, as medidas tomadas tiram a vida do paciente. Que serventia terá asfixiar indústrias e quem produz? Joaquim Levy e sua equipe deverão ficar na história pela aniquilação dos setores primários do país e pela maior onda de desemprego que o Brasil enfrentou.
Muitas atividades serão prejudicadas justamente pela falta de amparo e de cuidados do governo, que agora dobrará as contribuições previdenciárias. Vai significar mais fechamento de empresas e de vagas de emprego para estancar o rombo de R$ 66,5 bilhões a cada ano na Previdência do setor público, que abriga apenas 5% dos aposentados do país. Não se pensa em mudar os erros, mas consertá-los penalizando quem trabalha.
O perfil econômico do Brasil vem perdendo qualidade e valor, fragilizando seus melhores alicerces. Os setores estratégicos para uma economia nacional estão sendo castigados em nome de uma ortodoxia que deveria se aplicar ao setor público marcado de ineficiências e corrupção.
Trocou-se a horta no quintal de casa pelas compras no verdureiro, e se transferiu, assim, o poder das decisões para fora dos domínios domésticos. Momentaneamente interessa para fechar uma conta e transformar a horta numa estéril praça que nunca dará nada. Não precisa de um gênio para entender que a soberania nacional está sendo rifada, e a dependência externa assombrará a nação.
Uma economia continental como é a do Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, atualmente a sétima do planeta, está destinada a despencar proximamente e se afastar do pelotão de frente.
O Brasil se destaca com um quadro absurdo: sétima economia mundial, 85º em desenvolvimento humano e 120º melhor ambiente de negócio. Uma espécie de Frankenstein com dois metros de altura, barriga de hipopótamo e pernas de avestruz. Dessa forma não consegue andar, se movimentar. Sustenta-se essencialmente na abundância a ele concedida pelo Criador: recursos minerais e produtos agrícolas.
Um binômio que manteve o crescimento quando as commodities subiam em disparada, apenas a agricultura hoje segura as contas do grave desequilíbrio.
Enfim, o perfil econômico nacional está sofrendo uma mudança para pior que poderá custar muito caro e por muitos anos.
O comandante e a tripulação estão sem noção disso.
22 de junho de 2015
Vittorio Medioli
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