"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

LAVA JATO ENFIM CHEGOU À CEREJA DO BOLO DAS EMPREITEIRAS



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Uma das perguntas que mais incomodava integrantes da cúpula da Polícia Federal desde 2014 era: “E quando vocês vão pegar a Odebrecht?”. A história pode ser contada no pretérito, já que a maior empreiteira do país caiu na rede da Operação Lava Jato.
Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, foram presos na sexta-feira (19) no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
O questionamento envolvendo a Odebrecht era malicioso, uma vez que havia inquérito aberto para apurar especificamente o papel da empreiteira, mas também era legítimo –todas as outras grandes construtoras do país ou foram investigadas ou tiveram executivos graúdos presos em algum momento da operação.
Seja como for, agora a PF poderá comprovar ou não suas suspeitas de que a Odebrecht, pelo tamanho e importância, tinha um esquema sofisticado e próprio de ação. A empresa nega tudo.
ALVO PRINCIPAL
Do ponto da polícia, chegou-se à “cereja do bolo” da operação. A PF nunca escondeu que seu alvo principal na Lava Jato não eram os políticos que naturalmente seriam atingidos, mas sim as empreiteiras.
“Estamos atrás dos empregadores, não dos empregados”, brincava já no fim do ano passado um envolvido na apuração, citando o conhecido papel central das empreiteiras como financiadores das campanhas políticas.
Neste sentido, o ciclo se completa com as prisões de hoje, que também atingem a poderosíssima Andrade Gutierrez.
MAIS EMOÇÕES
Apesar do discurso de que “políticos só interessam aos políticos e aos jornalistas”, a PF sabe que está isolada agora. O executivo da Andrade preso é muito próximo do PSDB, e a direção do órgão se prepara uma temporada de críticas sem o apoio político que vinha recebendo da oposição.
Isso, na opinião de delegados, pode se demonstrar em grande pressão sobre o Judiciário e o surgimento de denúncias contra envolvidos na investigação, visando formar um caso contra os procedimentos da Lava Jato.
Por outro lado, mesmo no governo e no PT há uma sensação de inevitabilidade nos desdobramentos agora, ameaçando uma avalanche sobre a classe política. Os próximos meses prometem mais emoções.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – E agora? Quem vai pagar as viagens de Lula e as atividades do Instituto Lula?(C.N.)
22 de junho de 2015
Igor GielowFolha

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