"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

TAPA BURACO?

ENQUANTO O BUFÃO DA CORTE COMEMORA "SUCESSO" DO MÍNIMO POR LIBRA ... Brasil tem maior fuga de capital no 2º trimestre . Dados do Banco de Compensações Internacionais mostram que o País perdeu US$ 41 bilhões no período, o maior recuo entre os emergentes


Os bancos internacionais retiraram do Brasil um volume recorde de US$ 41 bilhões em Unhas de crédito capital e exposição em geral no segundo trimestre do uno, na maior queda já registrada pelo país em um espaço de três meses. Os dados foram divulgados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, nas iniciais em inglês), banco central dos bancos centrais, que destaca os fluxos financeiros pelo mundo. A queda no Brasil foi a maior entre todos os países emergentes.

No mundo, a contração na exposição de bancos foi de US$ 229 bilhões, a maior desde o fim de 2011. Segundo o BIS, os bancos europeus foram os principais responsáveis pela retração, hesitando em abrir seus cofres diante das exigências de capital e de redução de riscos.
Depois de ver uma alta de US$ 39 bilhões nas atividades de bancos estrangeiros na economia nacional no primeiro trimestre e raramente ver uma contração de recursos desde 2009, o Brasil foi afetado em parte pelas mudanças nas políticas de juros nos Estados Unidos e outras medidas nos países ricos. O capital investido no País acabou buscando ativos mais atrativos.

Câmbio. 

 A saída acabou levando a uma alta do real, depois de meses de entrada de capital gerado pelo excesso de liquidez dos mercados internacionais diante da injeção de recursos por parte dos bancos centrais dos EUA, Europa e Japão para socorrer suas economias.

Por meses, o Brasil alertou que essa injeção e uma política de juros zero poderiam acabar levando a uma desestabilização, uma vez que essas práticas fossem encerradas e os juros  elevados. No segundo trimestre do ano, essa realidade foi confirmada.

Outro fator foi a constatação de bancos estrangeiros de que a taxa de crescimento no Brasil era decepcionante e não confirmava expectativas feitas meses antes.
O crédito internacional chegou a crescer para China, Taiwan e Turquia, Só para a China, o volume de capital aumentou em US$ 54 bilhões. Se em 2007 o País respondia por 8% dos empréstimos, hoje bate a marca de 21% entre os emergentes.

Mas sofreu uma queda no caso de Brasil, México, Rússia e Índia. A queda no Brasil acabou pesando na América Latina que, no segundo trimestre de 2013, viu uma contração de US$ 47 bilhões. Os mexicanos perderam US$ 7 bilhões, contra cerca de US$ 8 bilhões na Rússia.
No restante do mundo, a constatação do BIS é de que bancos continuam a hesitar em seus empréstimos, com uma contração de 2%, a maior em um só trimestre em dois anos.
Entre os mercados ricos, a queda foi de US$ 179 bilhões. No caso dos EUA, a exposição de bancos ao setor público americano caiu em US$ 100 bilhões, o que revelaria um esforço para reduzir dívidas por parte do estado.
Na zona do euro, a contração foi de US$ 44 bilhões, contra US$ 16 bilhões no Reino Unido e US$ 13 bilhões no Japão.

Jamil Chade O Estado de S. Paulo
23 de outubro de 2013

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