"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

RETIRADA DE CÃES DE INSTITUTO AFETA TESTE ANTICÂNCER, DIZ CIENTISTA


A retirada de 178 cães da raça beagle de um laboratório em São Roque (a 66 km de São Paulo) comprometeu experimentos avançados de um medicamento para tratamento contra câncer --além de fitoterápicos para usos diversos.
A informação é do médico Marcelo Marcos Morales, um dos secretários da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e coordenador do Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
 
"Um trabalho que demorou anos para ser produzido, que tinha resultados promissores para o desenvolvimento do país, foi jogado no lixo", disse ele, em referência à invasão do Instituto Royal por ativistas na semana passada.
 
"O prejuízo é incalculável para a ciência e para o benefício das pessoas", afirmou.
 
O cientista não revelou o nome do medicamento desenvolvido, que é protegido por contrato, nem para qual tipo de câncer ele seria usado. Mas informou que se tratava de um tipo de remédio produzido fora do país e que teve a patente quebrada.





















Avener Prado/Folhapress
 
Sala é encontrada com objetos revirados no Instituto Royal, em São Roque (SP) Leia mais
 
O Royal também não detalha os experimentos alegando restrição contratual.
 
Os fitoterápicos eram baseados em plantas da flora nacional e poderiam ser usados, por exemplo, para combater dor e inflamações.
 
Ativistas dizem que os cães sofriam maus-tratos. O instituto nega. Ontem ele disse que, quando recuperados, receberão tratamento e podem "ser colocados para doação".
Doutor em biofísica, Morales afirma que os cientistas "também não querem trabalhar com animais", mas que o método é ainda o mais eficaz para testes de tratamentos médicos e vacinas.
"Seria possível não nos alimentarmos mais com carne? Com pesquisa é a mesma relação. Deixamos de usar animais e vamos testar vacinas em nossas crianças?"
 
Para Morales, as pessoas estão "confundindo" animais domésticos com cães que nasceram dentro de biotérios, sob condições controladas e rígidas para o uso científico.
 
"O apelo do cão é muito grande, tanto é que levaram todos os beagles, mas deixaram todos os ratos."
 
A autoridade brasileira responsável por aprovar pesquisas com humanos, a Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), não avaliza projetos de drogas que não tenham passado por testes de segurança em animais.
 
Cachorros estão em uma parcela pequena de experimentos científicos --nos quais os camundongos respondem por 74% dos animais. A maioria dos cães é usada para averiguar a toxicidade de medicamentos.


Editoria de arte/Folhapress

23 de outubro de 2013

in movcc

Nenhum comentário:

Postar um comentário