O dólar alcançou valores assustadores, fechando acima de R$2,42. Com a forte alta da moeda americana, os reflexos em nossa economia são diretos e, por isso, os consumidores brasileiros devem tomar cuidado com as compras e viagens, mesmo as que já estavam programadas.
Para as empresas e indústrias nacionais, principalmente as exportadoras, a alta pode ser positiva, pois favorece a competitividade das vendas externas, tornando-as mais baratas. Porém para as empresas que importam o custo só aumenta, consequência disso é o repasse para os produtos e os consumidores é que pagam a conta.
Assim, os reflexos para a população é grande, os preços que já estavam subindo pelo aumento da inflação, acabam sendo influenciados também pelo aumento do dólar, impulsionando ainda mais a alta de preços.
Caso tenha planejado comprar algum produto importado recomendo ficar atento e acompanhar a variação dos preços, caso não tenha urgência na compra é interessante esperar, até que a moeda abaixe e se estabilize.
Outro cuidado é com as compras externas por cartão de credito que além do custo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também pagará mais pelo aumento na cotação do dólar. O caminho é evitar a compra a prazo com variação em dólar e se possível comprar somente a vista.
Para quem já havia planejado as férias para o exterior é preciso muita atenção e para tanto recomendo a aquisição de um cartão pré-pago internacional onde já carregará em dólar aqui no Brasil para utilização na viagem, lembro que esta atitude certamente evitará surpresas após retorno das férias, além da segurança que o mesmo proporciona. Também recomendo levar dinheiro em espécie de 20% a 30% do total, nada de exageros, conversar com a família é o segredo.
Nada de pânico e desespero é preciso elaborar um orçamento financeiro que contemple os gastos da viagem e, para que não ter surpresa, tenha sempre 40% a mais de reserva para as férias. Caso não tenha planejado a viagem internacional evitar fazê-la nesse momento pode ser a melhor solução.
Combater este problema é dever sim do governo, mas passa também pela mudança de hábitos e costumes dos consumidores, tudo começa em casa, portanto é hora de faxina financeira, tentar trocar os produtos que aumentam com a alta do dólar e eliminar o que não agrega valor em prol de uma saúde financeira que contribua na realização de nossos sonhos.
20 de agosto de 2013Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira.
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